quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Adeus ano velho, feliz ano novo...

Meu arsenal de fim de ano: calcinha dourada, Daruma para o meu pedido especial, lentilhas, abacaxi (e talvez eu ainda vá procurar romã). Minha bata (com efeito de vestido) é vermelha. Por que? Não sei ... Talvez em parte por causa do meu estado de espírito no momento da compra, talvez porque eu senti falta de paixão em 2009 (paixão= sofrimento e isso eu nem fui no dicionário procurar rs*. Mas lembro de um antigo chefe pastor que dizia que paixão e sedução= convencer para o mal não são boas companheiras).
2009 foi o ano de um grande amor platônico para mim. E 2010 será diferente.
Eu quero alguém para chamar de meu. E como ele é? rs*.
Postei outro dia brincando com as amigas a descrição do meu amor quer era mais ou menos assim: Tem que ter cabelo comprido; gostar de Matemática, Física ou Astronomia; estar com a C/C em dia; ser poeta; ter algum grande vício pelo qual é apaixonado, um carro velho e um violão; que entenda a minha necessidade de mais uma bolsa e até me estimule a comprá-la (ou pelo menos não ache “jogar dinheiro fora” independente de quanto ela custe); seja fiel, sincero, cheiroso, sentimentalmente doce e sexualmente agressivo; tem que ser o meu melhor amigo, o meu único confidente; querer do fundo da alma passar os próximos 365 dias ao meu lado e me fazer querer exatamente o mesmo.
Era mais ou menos isso. Inclui algumas coisas agora.
Mas quanto o resto, é o resto. “Fazendo bem que mal tem?” Não custa dar uma mãozinha à sorte ou pelo menos mostrar às Forças da Natureza, do bem que você está bem intencionado. Que o seu bem independe do mal alheio. E a sua disposição de ser feliz.
E eu vou ser feliz. Custe o que custar. E espero que você, querido leitor e todo o mundo, todo e qualquer ser vivente de luz também sejam. Que 2010 seja o ano do amor, da paz, da saúde e de todas as coisas que servirem ao nosso bem.
E que venha 2010!
Feliz Ano Novo para todos!
Que a paz inunde os seus corações!

“A paz invadiu o meu coração. De repente se encheu de paz...”

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Início de férias xD


Terça-feira, 29 de dezembro e eu há 10 dias de férias. Já gastei mais do que esperava colocando as coisas em dia para o restante do ano. Hoje fui comprar a tinta para pintar o meu quarto. E já fiquei sonhando com mais prateleiras.
Alguns amigos tem reclamado a minha ausência (e eu estou morrendo de saudades de uns mesmo). Mas agora tenho sido mãe, motorista e dona-de-casa em tempo integral.
No último domingo, levei meu filho e o pai dele à Liberdade. Amo aquele lugar. O Caio se acabou nos bolinhos (de legumes, bacalhau, camarão) e eu saí triste porque não tinha lula nem guiozá.


Como estamos às vésperas de um novo ano, pensei num bom talismã e trouxe um “maneki-neko”, o gatinho oriental que você encontra em quase todo estabelecimento comercial por ali. (http://www.sosgatinhos.com.br/livro/manekineko.htm)
E aquelas bugigangas todas? Irresístíveis !
De quebra, conheci a história do Daruma. (http://www.acbj.com.br/alianca/palavras.php?Palavra=190). Podem ter certeza que eu estarei fazendo um pedido e pintando o olho de um Daruma no primeiro dia de 2010. E o que eu vou pedir? Segredo! rs*
Regredi uns 25 anos ao comprar um palhacinho de marionete para ele. Tinha esquecido o quanto brincar pode ser desestressante.
Já estava saindo de lá quando minha mãe ligou para perguntar se eu não ia levar meu bebê num aniversário de uma amiga do trabalho dela. Fui, exausta. Mas a alegria do meu filho enlouquecido entre a piscina de bolinhas, a máquina de bolinhas de sabão e o pula-pula compensaram até dirigir na volta em uma “semi-enchente”,
Na segunda, mais uma “sessão de descarrego”. Joguei inúmeros sacos de lixos de rascunhos, xerox, jornais, revistas fora. E nessa terça lá vamos nós na turma do pincel (minha ajuda já foi totalmente DISPENSADA kkkkkkkkkkkkkkk).
Ando bemmm cansada mas organizando a minha vida e de todo mundo ao redor.
Fora que, pelo menos aqui em casa, Dezembro é mês de rever a família. Meu primo querido, um irmão para mim, passou o Natal com a gente; minha tia-avó amada ligou para marcarmos um almoço e para eu conhecer o baby da minha prima e eu vou, ainda esse ano, puxar a orelha do meu tio que não veio me ver no Natal(hunf!)

P.S.: Amigos, estou viva sim! E em casa de portas abertas nessa maratona!
P.S.1: Não podia passar sem registro, a delícia que meu filho ficou de sunguinha do Homem Aranha (A última visão que eu tenho de sunga rendia tanto assunto rs* ...Saudadesssss)

Beijos, vou tentar dormir já já...rs*

sábado, 26 de dezembro de 2009

Tradição de Natal

Como já é tradição aqui em casa, assisti ao show de fim de ano do Roberto Carlos com a minha mãe. Na verdade, eu precisei ir chamá-la porque ela estava deitada no seu quarto. E tenho que confessar que chorei boa parte do tempo porque ainda tenho uma ferida sangrando. Dói e ouvir as letras que traduzem tão bem alguns sentimentos me fez pensar (e repensar) em algumas coisas.
E eu sou sim uma fã (antes eu afirmava que ouvia por causa da minha mãe mas hoje eu posso afirmar com toda certeza que eu e muita gente da minha idade amamos sim o cara. Taí bandas como Titãs, Barão Vermelho, Jota Quest, Calcinha Preta, entre infinitas outras personalidades atuais regravaram o que ele canta há zilhões de anos).
Uma delas (e eu já repeti essa história inúmeras vezes) eu cantava para o Caio enquanto ele ainda se alimentava de mim, enquanto ainda éramos um só nas tardes em que ficávamos em casa sozinhos:”... Nunca se esqueça nenhum segundo que eu tenho o amor maior do mundo. Como é grande o meu amor por você...”. E onde quer que eu esteja eu sempre vou lembrar do meu filho, do meu primeiro filho, meu maior amor quando ouvi-la.
E de tudo o que eu ouvi e cantei hoje uma das músicas que mais me tocou foi a que eu usava para brincar com a minha vizinha pelo hábito de falar da vida alheia que diz assim:
Como Vai Você
Roberto Carlos
Composição: Antônio Marcos / Mario Marcos

Como vai você ?
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber
Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você
Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você


Ainda não estou bem. Não quero mais ser forte. Não passou. Não esqueci. Não quero esquecer.

Detalhes
Roberto Carlos
Composição: Erasmo Carlos / Roberto Carlos

Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito tempo
Em sua vida
Eu vou viver...
Detalhes tão pequenos
De nós dois
São coisas muito grandes
Prá esquecer
E a toda hora vão
Estar presentes
Você vai ver...
Se um outro cabeludo
Aparecer na sua rua
E isto lhe trouxer
Saudades minhas
A culpa é sua...
O ronco barulhento
Do seu carro
A velha calça desbotada
Ou coisa assim
Imediatamente você vai
Lembrar de mim...
Eu sei que um outro
Deve estar falando
Ao seu ouvido
Palavras de amor
Como eu falei
Mas eu duvido!
Duvido que ele tenha
Tanto amor
E até os erros
Do meu português ruim
E nessa hora você vai
Lembrar de mim...
A noite envolvida
No silêncio do seu quarto
Antes de dormir você procura
O meu retrato
Mas da moldura não sou eu
Quem lhe sorri
Mas você vê o meu sorriso
Mesmo assim
E tudo isso vai fazer você
Lembrar de mim...
Se alguém tocar
Seu corpo como eu
Não diga nada
Não vá dizer
Meu nome sem querer
À pessoa errada...
Pensando ter amor
Nesse momento
Desesperada você
Tenta até o fim
E até nesse momento você vai
Lembrar de mim...
Eu sei que esses detalhes
Vão sumir na longa estrada
Do tempo que transforma
Todo amor em quase nada
Mas "quase"
Também é mais um detalhe
Um grande amor
Não vai morrer assim
Por isso
De vez em quando você vai
Vai lembrar de mim...
Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito
Muito tempo em sua vida
Eu vou viver
Não, não adianta nem tentar
Me esquecer...


P.S.: E cantar com a Ana Carolina foi covardia! Mas o cara pode ...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Naturalmente

Mais um dia de viagens dentro da cidade. Mas acho que agora deu tudo certo. Deu tudo certo! Saí do banco às 16h e tentei resolver umas pendências. Furei um segundo furo na orelha; comprei outro óculos escuros, mais um anel e uns trequinhos para o cabelo, um hidrante capilar de queratina (aproveitei e marquei uma limpeza de pele) na minha loja preferida, aqueles bolinhos que já existem desde que eu era criança que vem dois num pacotinho com uma loirinha de trancinhas e pelos quais meu filho é fissurado, os presentes da equipe do transporte escolar, ...
Mas bacana mesmo foi quando eu resolvi entrar na farmácia de manipulação. Comprei um adoçante, um panetone diet e uma geléia de damasco.
A conversa na fila para pagar que não andava foi impagável. As duas mulheres que estavam atrás de mim diziam que são fascinadas por produtos “politicamente saudáveis”. Concordamos que se não fizerem mal, produtos como levedo de cerveja, chá branco, chá de oliveira, soja e qualquer cereal, integral, regulador de qualquer coisa; mal não há de fazer.
Quando uma delas disse que devia sim ter algum efeito já que ela nunca ouviu nenhuma japonesa (segundo ela porque a alimentação deles é a base de soja) falar em menopausa, por exemplo. E que além do mais, ninguém dava a idade que ela tem. E eu realmente me surpreendi quando ela disse que tinha um filho de 18 anos. Não parece mesmo.
Nisso começamos a falar sobre uma tal de “ração humana”. E que próximo a um hospital aqui do bairro vendiam.
Minha amiga de trabalho, certa vez, realmente havia me dado a receita e eu mal li ou ouvi do que se tratava. Quando eu estou trabalhando, estudando, pensando em filho, escolinha, transporte escolar, lanchinho da tarde, fono, namorado, entre outras coisas, sorry, eu balanço a cabeça e sorrio mas ouço pouca coisa (Aliás eu creio que perdi a tal receita dela).
A farmácia era meu último destino antes do estacionamento e eu fui pensando no assunto. A rua do hospital não era necessariamente o meu caminho. Mas resolvi passar lá e quem sabe lavar o carro no posto lá perto. Fui direto no atacadão de cereais e a tal ração custa R$ 20,00 o kg. Aliás, R$ 2,00, cada 100 gramas, segundo o atendente. O que não daria para dois dias. Ai foi a hora do cálculo. Nas “instruções” indicasse tomar 2 colheres de sopa ao dia batida com leite desnatado ou leite de soja e uma fruta. 2 colheres= 30gramas, para eu e minha mãe tomarmos diariamente seriam 60. 500 gramas darão para 8 dias mais ou menos (dependendo da generosidade das colheradas).
Eu fiquei pensando. Realmente “se cuidar” (termo da moça da fila) é necessário. A natureza tem inúmeras opções para isso. E repensar o porquê de tanta coisa enlatada, pronta e semipronta, tanto fast food nas nossas vidas.
Quantos alimentos crus ingerimos ao dia? Eu quando estou no piloto automático passo dias sem nenhum. Vou ficando sem pique, sem gás. E vira um círculo vicioso. Não como bem porque não tenho tempo e não tenho tempo porque me falta pique e agilidade para as minhas tarefas.
E isso nada melhor que um recomeço, um novo ano para ser repensado.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Um dia de fúria


Estou exausta. Num mesmo dia fui a minha agência que fica em Itaquera e de lá para Lapa, da Lapa para Cidade Universitária, no Butantã e da Cidade Universitária novamente para Itaquera. Dirigi por mais de 4 horas. E pior, faltaram ainda 3 vias de um documento e uma de outro.
E eu adoro dirigir. Mas olha a data. Pensei que o trânsito estaria ainda pior do que estava. Apesar de me sentir como quem desce para o litoral em fim de semana prolongado indo Sentido Jockey Club. Perdi uma meia hora ali. Um literal inferno dentro de um carro sem ar condicionado, às 13h de uma segunda-feira que o único termômetro que vi registrava 37ºC. Pareciam 45ºC dentro do carro. A tal da “sensação térmica”.
Amanhã farei quase o mesmo trajeto novamente porque o meu banco não consegue agilizar a forma de atendimento. Toda vez que preciso fazer algo do gênero penso em transferir minha conta. Abri lá quando trabalhava em uma escola no bairro. E poucas vezes ao ano eu preciso realmente ir a minha agência. Não dá uma ao mês.
Pior que amanhã é rodízio do carro e vai ficar muito mais “gostosa” a minha viagem. Mas muito menos estressante. Nossa, teve uma hora em que uma garota numa Pajero não me deixou entrar na pista sendo que a em que eu estava acabava ali. Fiquei enlouquecida. De dentro do meu carro mesmo, xinguei ela de coisas inconfessáveis. É muito estresse. E um dos fatores que me deixaram mais pilhada é que eu tinha que chegar antes que a agência fechasse para entregar os documentos.
Mas se tudo corresse como a gente imagina... Que maravilha seria viver! O dia já começou “díficil” quando notei que meu irmão não tinha abastecido o carro. Eu o acordei para perguntar se ele tinha feito ao que ele me respondeu que sim. Que ódio ao virar a chave no contato. Passar no posto atrasaria (e atrasou!) o meu cronograma apertado. Passei ainda pelo trabalho do pai do meu filho e deixei o neném na escola. Fui ao banco que estava sem sistema!
Minha súplica: “Ok, moço. Só quero falar com o gerente de contas”. Ao que ele me respondeu: ”Para qualquer informação sobre a sua conta, ele precisa acessar o sistema”.
A agência abriu quase às 11h. Enquanto eu esperava na fila voltei no carro e tomei um shake diet que bati com polpa de fruta ainda congelada e foi o que eu “comi” até às 16h (Mentira! Quando parei novamente no posto de gasolina comprei uma Fanta Uva e uma barrinha de banana passa coberta com chocolate). Às 16h, tomei 3 copinhos, daqueles de café, só que de chá mate no banco. Enquanto a gerente de contas revia onde ela tinha errado. Nunca imaginei que eu não faria um pequeno auê diante de uma coisa dessas. Mas eu não tinha forças. Sem comer, calor, sol, dor de cabeça e com o que eu queria resolver ainda pendente.
De volta para casa, comprei umas bobagens para o neném e o peguei na escolinha, já que o tio da perua já entrou em recesso. Ele comeu pipoca e refrigerante com a cara de gatinho com glitter que as tias o pintaram.

Passei na loja de som que é de frente ao trabalho do pai dele e o levei um minuto lá. Chegamos e eu vim para a porta para olhá-lo andar de bicicleta e estou digitando as postagens do blog de hoje. Sei que minha cabeça vai doer muito porque deixei de almoçar e estava no sol. Vou tomar um banho já já e mais tarde entrar para postar o que estou escrevendo no Writer (Nunca chamo de Writer, para mim é sempre Word)

P.S.: Vim postar depois de fazer um suco de acerola roubada do pé do vizinho. Mas nem é tão roubada assim. Teoricamente, fui eu mesma que plantei o pé do meu lado do muro há milhõesssssss de anos atrás. Mas isso é uma outra história.xD

O mágico de Oz



Pensei em escrever sobre ilusão e logo me veio à cabeça: ilusionismo, mágica. Meu cérebro vai fazendo essas conexões e assim as coisas para mim fazem sentido. Por que o mágico que encanta crianças e adultos com coelhos que saem da cartola e pombas que saem de lenços é chamado de ilusionista?
Porque ele cria uma “falsa verdade”. Ele nos fazem crer por alguns minutos que sejam que é possível que adivinhar a carta que você escolheu sem vê-la ou que pode serrar sua linda assistente ao meio sem feri-la. É verdade que depois de adultos passamos mais tempo tentando descobrir uma falha que denuncie o truque do que seduzidos pelo show.
As crianças normalmente assistem bestificadas pensando: ”Como isso é possível?”
E nós adultos fazemos a mesma coisa. Geralmente, não em frente ao mágico de capa e varinha na mão. Mas mediante aos nossos sentimentos.
Recentemente, me iludi e me deixei iludir. Deixei que ele tirasse suas pombas da cartola. Que molhasse jornal e ele saísse seco. E eu ficava como uma boa expectadora do espetáculo, assimilando tudo da forma que era dito, sugerido. Lembro de ouvir de duas pequenas (no sentido de inferior mesmo) víboras que eu acreditava demais nele.
Mas ele também se iludiu tanto. Há quem pense que muito mais do que eu. Fechou os olhos para todos os meus defeitos. E de verdade, acho que comigo ele queria fazer o truque da carta que o mágico rasga e depois ela reaparece inteira. Queria me rasgar para fazer de novo.
Apesar de eu exercitar muito mais o meu lado ilusionista naquela relação, vejo que a recíproca também é verdadeira. Via Deus em forma de homem. Via Deus onde havia apenas um homem. E ninguém é perfeito.
Pena que agora, o mágico fez uma saída triunfal com um número de desaparecimento. Só não sei se fico sentada e assisto a uma outra apresentação ou me retiro do auditório.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Eu, a canceriana


Câncer é um signo do elemento água, regido pela Lua. Este signo é tão curioso quanto o bichinho que o representa. Se você observar o caranguejo, poderá facilmente perceber como funciona uma pessoa desse signo. Cancerianos precisam de uma casinha para se esconder quando sentem o perigo, e quando desejam alguma coisa, rodeiam, rodeiam, até conquistar seus objetivos. Você já percebeu o tamanho das garras de um caranguejo?


Pois é, quando cancerianos agarram suas presas, não querem mais soltá-las, de jeito nenhum. Câncer guarda tudo o que puder guardar, desde uma pequena lembrança que ganhou de sua mãe quando tinha cinco aninhos até um grande amigo da adolescência. Até que em um dia de lua cheia abre seu armário e atira para longe tudo o que não serve mais. É o signo dos apegos, juntamente com Touro. O mundo da imaginação é riquíssimo, por isso encontramos facilmente esse signo no mundo das artes e da escrita. Este é tradicionalmente um signo de família. É conservador, seus humores são instáveis como as marés, sua sensibilidade e intuição suas melhores qualidades.

Nunca espere objetividade de uma pessoa de câncer. Se ela quer algo de você, ela vai rodear, rodear, até conseguir o que deseja. Expor seus sentimentos é algo terrível e sempre tentará se proteger dentro de sua carapaça. Como um signo de água, suas atitudes são sutis. Se você for um tipo de fogo ou de ar, é possível que nem perceba suas intenções. A característica mais desconcertante de câncer é sua capacidade de manipulação e chantagem emocional. Tente se afastar, se independer e você sentirá uma leve sensação de culpa corroendo seu estômago. Lembre-se, este não é um signo direto e normalmente consegue o que quer sutilmente.

Quando quer representa muito bem o papel de vítima e se você não estiver atento, facilmente sentirá que a responsabilidade é toda sua. Esse é o pior lado desse signo. Sua carapaça serve para protegê-lo, pois por baixo dela encontramos uma criatura vulnerável e indefesa. Quando feridos levam um enorme tempo para esquecer e cicatrizar as feridas, pois se agarram ao passado e morrem de medo de mudanças e novidades. Prefere a segurança do conhecido. Complexo esse nosso amigo canceriano. Mas se você quiser aconchego, lealdade de sentimentos e fidelidade, não encontrará outra criatura mais capaz do que eles para dar tudo isso a você.
(http://vidaeestilo.terra.com.br/esoterico/interna/0,,OI4118035-EI14315,00-Cancer.html)

Zerando o passado


Meu exmarido testemunhou muitas transformações na minha vida. Estava ao lado dele quando o negócio que tínhamos, primeiramente separados, depois como sócios, deslanchou. Nessa época, amadureci e aprendi a gerenciar um comércio (muito bem, diga-se de passagem). Quando me tornei mãe e tive que aprender a pensar em uma outra pessoa 24 horas por dia. Quando entrei no concurso público que mais me interessava intelectual e financeiramente (E enquanto passava em outros inúmeros). Quando me tornei universitária (Lembro de ligar, chorando, de um orelhão da Rua Maria Antônia, ao assinar a matrícula: ”Deu certo!”). E até aqui estou falando das maiores e mais marcantes. Mas foram muitos anos. Ele se tornou, antes de mais nada, um parceiro. Mas pontos de vistas diferentes foram tornando impossível o nosso convívio. Nos últimos tempos, me senti vivendo com um sócio e não como o homem da minha vida. E eu, para quem a felicidade é o objetivo maior de viver, não podia me manter assim.
Mas eu ainda o quero bem como pessoa. Há muito tempo não tem nada a ver com sexo. Ele acabou se tornando um grande irmão. Conhece todos os meus defeitos e ainda assim me admira. Confesso que isso mexe com o meu ego.
Não me acho uma mulher linda. Sou geniosa. Quando cismo com uma coisa nem o próprio Demo em pessoa, de chifres e tridente na mão me convence que eu não tenho razão. Tenho um péssimo humor, principalmente quando as coisas importantes para mim não dão certo. E mesmo assim sempre houve uma porta aberta se eu quisesse voltar. Mas para mim nunca foi uma possibilidade.
Nós tentamos. E eu tentei tantoooooooooo pelo amor que o meu filho tem por ele.
Mas (como ele mesmo diria) nem tudo são flores. Após a separação, ele teve atitudes, no mínimo, não muito louváveis. Quebrou meu note com ciúme. Adulterou o cabo da minha linha telefônica, o qual ele ligava e desligava dependendo da sua vontade. Roubou meus dois cel e dois dos meus cartões de crédito em ocasiões diferentes, entre outras coisas ....
Recentemente, ao me ver perdidamente apaixonada, ele tentou intimidar o meu namorado na época. E isso foi uma das coisas que mais me irritaram.
E mesmo assim eu tenho tentado mantê-lo perto do filho. Não preciso da justiça (pelo menos, eu acho que não) para lembrá-lo que ele tem compromissos com essa vida que eu tanto prezo. Mais sentimentais que materiais. Sou mulher, o suficiente, para mantê-lo. Mas não posso substituir o pai. Ninguém pode.
Acho que resolvi escrever sobre o assunto porque é fim de ano. Momento de zerar as contas. E eu quero realmente zerar as minhas com ele. Não quero ter o peso da gratidão pela sua amizade dos últimos anos nem mágoa pelos últimos acontecimentos. E se eu vou partir do zero nossa relação de amizade e de pais de uma criança só vai para frente se os dois colaborarem para isso.

Sessão desenho

“Você pode tirar o menino da selva mas não pode tirar a selva de um menino” - extraído do desenho do Mogli (que meu filho assistia hoje mais cedo, encantado, pela milésima vez).
E é assim que eu ando me sentindo. Me tiraram do meu paraíso pessoal. Mas nada nem ninguém me tira as sensações de ter vivido no céu, nas nuvens.
Conheço o perfume das flores, me banhei nas fontes que “jorram leite e mel”. Senti a brisa e sei o cheiro que ela carrega. E como no desenho da Branca de Neve fui vestida por passarinhos. Fui feliz, isso é fato!
E isso faz parte do que serei daqui em diante. É o que importa. Vou buscar voltar para lá. Sempre!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Minha faxina de Natal


Nossa! Tô destruída! Primeiro dia de férias e comecei minha faxina anual de Natal. Meu exmarido dizia que, ao menos uma vez no ano, baixa um espírito da limpeza em mim. Mas é mentira! É todo dia de festa! Niver do neném ou qualquer outro evento me anima a limpar, esfregar e lavar.
E, pra ser bem sincera, esse Natal estava meio desanimada. Cansada demais. Dois semestres bem punk na facul, estava em cima de pegar férias. Até me espantei quando comecei a abrir os enfeites natalinos, boa parte comprados o ano passado. Quanta animação! Papais noéis de todos os tipos: musicais, miniaturas de madeira para pôr na árvore, bonecos, tem até uns sentados num tamborzinho... Bonecos de neve que "combinam perfeitamente" com o nosso verão tropical, incontáveis laços vermelhos e dourados, as mini árvores, um presépio, ...
Quanto à estrela da festa (falando de decoração), a árvore, já a montei duas vezes hoje. Depois de lavar o chão da sala e aspirar o tapete. Limpar o rack e trocar as toalhinhas. Fui montá-la com a preciosa "ajuda" do meu filho. E como ele se encanta a cada novo pacote de bolinhas, lacinhos e o preferido dele o pisca-pisca! Abria um sorriso lindo e soltava gritinhos... Coisa linda de se ver!
Engraçado que essa semana fui censurada por mandar uma desocupada que falava mal de uma menina linda "ir lavar uma louça". Sabe aquelas donas de casa de cabeça fechada criticando a menina sabe-se lá Deus por que? Uma dessas.
Pois é, uma vez ao ano, mas hoje eu fiz bem mais que "lavar uma louça". Provavelmente será assim até o dia 24. Já tirei inúmeros jogos de berço do meu filho para doação e alguns jogos de cama meu já que a minha cama box nova mereceu novos jogos. E a Igreja que a minha mãe frequenta está fazendo uma campanha para vítimas de alagamento. Se você puder, participe de alguma forma.
Enquanto minha mãe estiver assando aquelas aves típicas dessa época, vai ter gente que não tem mais nem fogão nem colchão seco para dormir à noite. Não custa fazer a parte da gente. Se cada um ajudar um pouquinho, no final isso é muito!
Tô quebrada! Vim para o blog para descansar e tentar dar um jeito no meu guarda-roupas depois. Mas de verdade, já estou exausta ...
Vou obedecer a minha mãe (tem mais de 30 anos que eu não faço isso kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk) tomar um banho e ir dormir ...
Pior, não consegui nenhuma tomada para ligar o note e já já a bateria descarrega

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Meu anjo feliz


Quando eu soube que estava grávida, fiz um acordo com meu ainda marido, na época. Se fosse um menino, ele escolheria o nome. Se fosse menina, eu escolheria.
(E eu sempre pensei que teria uma menina. Não na gestação. Mas nos meus sonhos. Sou quase uma drag queen, adoooro um adereço. Seria como brincar de boneca de novo).
Óbvio que, ao descobrir que seria um menino, dei um jeito de voltar atrás no nosso trato (E isso eu descobri numa tarde no meio da semana. Tinha ido fazer o ultrassom morfológico com a minha mãe).
Aliás, quando contei que era menino pelo cel (e isso eu nunca vou esquecer), foi um dos raros momentos que senti meu exmarido realmente emocionado. O vi feliz, confuso, animado.
Quanto ao nome sempre pensei em chamá-lo "João Pedro", "João Vitor", "Pedro Henrique"."Raí" também era uma opção.Quando o pai do meu filho sugeriu "Cauã" ou "Cauê", achei que "Caio" era mais clássico. Mas TINHA quer ser um nome duplo. Sei lá porque mas tinha.
Meu filho se tornou "Caio Gabriel" quando encontrei naqueles livrinhos de "nomes para o seu bebê" o significado (E aquilo bem poderia ser um livrinho de piadas porque tem coisas ali que eu não chamo de opções).
Caio Gabriel significa "Feliz Enviado de Deus". E era isso que meu filho já era na minha vida. Era tudo o que eu desejava para ele que já era uma dádiva da Luz. Que o meu maior amor seja FELIZ!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Minhas promessas de fim-de-ano

Amanhã é o meu último dia trabalhado e depois são fériassssssss. Sol, praia, dirigir bastante, ser mãe em período integral, até cozinhar. Fazer uma faxina no meu quarto e jogar muita coisa fora. Tentar fazer uma faxina na minha vida também. Excluir pessoas, "amigos", lugares, hábitos.
E o período é ideal para isso. Fazer aquela lista de coisas a se fazer no ano que se inicia.
* Malhar mais
* Beber menos
* Mais tempo com meu filho
* Menos tempo na net
* Viajar 3 ou 4 vezes durante o ano
* Reservar mais tempo para namorar
E todo o resto que todo ano a gente vai tentando melhorar na própria vida.
E tenho que admitir que, de certa forma, isso é real. A experiência só nos melhora. Eu, como mulher com mais de 30, observo muito isso. Aos 20, somos escolhidas. Aos 30, escolhemos.
Aos 30, os mais novos te desejam pela experiência e enlouquecem aprendendo. Os mais velhos, te respeitam (no sentido de saber o poder que você tem, apesar de uma bunda de 20 ainda lhes virar a cabeça).
Mas, quanto as promessas de fim-de-ano, vou rasgar as listas esse ano. Vou escrever apenas uma única frase que resume tudo (e isso devo à pessoa mais próxima de mim hoje, que tem dito que sou muito repetitiva): Vou fazer tudo o possível para ser feliz no próximo ano: lembrar de mim, cuidar de mim e de quem me é importante. Vou buscar ter mais saúde física e mental, mais convívio com quem amo, menos pressa. E isso. É só isso.

Decepção, teu nome é Mel*

A frustação nasce do fato de você esperar uma coisa que, de alguma forma, não acontece . Esperar uma ligação, uma promoção, realizar alguma coisa, uma atitude qualquer.
E hoje eu estou decepcionada.Minha decepção é por eu achar que todo mundo tem que dar a mesma importância que eu dou aos fatos. E nunca é assim. Se foi importante para mim, não precisa, necessariamente, ter sido para o outro. E mesmo se foi importante ao outro, ele não precisa encarar as lembranças com a mesma doçura e respeito que eu encaro.
Só não entendo o porquê e isso me incomoda. Por que tentar sujar recordações? Por que ofender?
Cada um sabe os seus motivos ou a falta de motivos. Chorar o leite derramado não resolve. O negócio é fazer como aquele samba diz: "Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima".
A decepção é minha porque eu esperei respeito, consideração, retribuição. Não posso cobrar esse tipo de sentimento de ninguém. Ninguém tem que agir como eu acho certo.
Não preciso ser julgada. Sei dos meus pecados. Sei das minhas intenções e dos meus acertos também. E como cantou o Roberto Carlos: "Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi"

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Eu quero, eu posso, eu consigo ...

Desistir. Fiquei anos sem estudar. Quando resolvi prestar alguns concursos, aproveitei e me inscrevi para o ENEM. E fiquei chateada porque na época apesar de eu estar estudando apenas Português e Matemática não consegui comprar o kit de inscrição para a FUVEST.
Estava trabalhando em uma escola pública e meu pagamento estava atrasado em 3 meses.
Por ironia do destino, no último dia de venda do manual, aproximadamente às 16h, descobri que, enfim, meu dinheiro havia caído na C/C. Mas teria que sair correndo para o extinto Banespa. Vacilei por um minuto. Sabia que não estava preparada. Já tinha ido uma vez para a segunda fase e tinha noção do que me aguardava.
Num raro instante, achei que era jogar dinheiro fora. Geralmente penso “É só dinheiro” e o importante é tentar. Mas não fui.
Da primeira vez que prestei FUVEST também tive problemas com dinheiro. Isso faz muito tempo, parece que foi em outra vida. Mas se eu não me engano, a venda ia até uma quarta-feira e a entrega da ficha de inscrição até domingo.
Fiquei com a data da entrega na cabeça como data para comprar o manual. Receberia na sexta-feira e daria tudo certo.
Na manhã de quarta, acordei e tomava café com a tv da cozinha ligada quando ouvi no noticiário que era o prazo final da compra do manual com a ficha de inscrição. Me desesperei. Seria um ano de cursinho jogado fora. Dinheiro, tempo, tudo.
Qual a primeira coisa que eu fiz? Abri a boca a chorar. A segunda foi ligar para a minha mãe para pedir o dinheiro. Ao que ela respondeu: ”Hoje eu não tenho. Acabei de pagar a sua tia um empréstimo que ela me fez.”.
Essa minha tia sempre foi uma segunda mãe. E que falta que ela me faz! Uma das coisas que mais me doem na vida foi ela não ter me visto casada (sonho dela!) nem conhecido o meu filho (e ela amava crianças!).
Pensei rápido e lá fui eu: “Tiaaaaa ...!”. Lembro nitidamente dela falando: “Não estou entendendo nada. O que aconteceu?”. Chorei primeiro e contei depois. Ela disse que compraria o manual para mim no Banespa da Teodoro Sampaio. No domingo, com a cara menos amarrotada, fui lá fazer a inscrição.
Mas voltando, eu estava no banco, agora tinha o dinheiro e não fiz a inscrição. Fiquei triste mas segui o dia. No mesmo ano, com a nota do ENEM ganhei uma bolsa integral para Ciências Econômicas.
O que eu concluo com tudo isso? Tudo!
Primeiro: Alcancei o que não era o meu objetivo principal e isso ainda assim foi excelente.”Todas as coisas cooperam para o meu bem. Mesmo que hoje eu não entenda o porquê”. Prestei ENEM como uma única finalidade e me serviu para outra.
Segundo: Quando as coisas tendem a dar certo, você tem que persistir até o fim. Minha mãe poderia ter pago uma conta e eu não pensaria em pedir pra minha tia. Minha tia poderia não estar em casa nem na tapeçaria ou não poder ir ao banco naquele dia. Eu poderia não ter visto o jornal naquela manhã. Mas o Universo conspirou ao meu favor até o fim.
Terceiro: Acreditar sempre. Sempre acreditei que teria um filho, aprenderia a dirigir, entraria na Universidade. Mesmo quando pareciam só sonhos. Mesmo quando tudo ao meu redor me dizia o contrário.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Uma carta apenas II (Você pode não ler mas eu precisava escrever)


Oi amor,
O que eu sinto por você já não é mais gostar como eu te disse. Eu preciso da sua presença para estar completa. Por isso, a gente não se desgruda e causa ciúme nos demais. E juntos parecemos duas crianças. Rimos feito bobos o tempo todo.
E quando você chega mais perto, abaixa o tom da sua voz, fica mais doce, eu amoleço, eu enlouqueço.
Foda-se o nome do sentimento. Você é especial demais na minha vida. Acordo pensando em você e só durmo depois de estar com você.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Uma carta apenas (Você pode não ler mas eu precisava escrever)


Me dói ver que você não me esqueceu. Que não consegue seguir em frente. Que não nota que o seu ódio é uma forma de continuar pensando em mim. E por isso, continua tentando me atingir.
Me dói saber que o que ainda é uma linda lembrança para mim, seu desespero tenta destruir porque você gostaria realmente de me apagar da sua vida mas não consegue.
Não costumo me enganar com as pessoas. Meu problema é querer modificá-las sempre. E sua essência é boa. Você é um homem bom. Mas o ressentimento está corroendo a sua alma como a ferrugem come um portão velho.
A decisão final foi sua. Estamos vivendo o que você escolheu para sua vida. Parabéns! E como eu sempre desejei para você, seja feliz!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Spiderman, spiderman ...


“É como se alcançasse o inalcansável sem estar preparado”, extraído da declaração de amor do Peter Parker para a Marie Jane. Mas descreve também o que eu sinto em relação ao amor. Me assusta por isso. É tão bom, tão lindo, tão pleno, tão completo que me assusta. Me dá essa sensação de impotência. De não estar preparado pra vivê-lo. O que me lembra “alguém” dizendo que eu tenho a mania de complicar o que é tão simples.
Mas eu não sou simples. E eu tenho medo. Medo de tudo. E estar bem também me dá medo. Medo de perder a felicidade (talvez, venha daí tanto ciúme), medo de querer sozinha, medo de estar sendo enganada, medo, medo, medo.
E tem coisa que apavore mais do que a sensação de “alcançar o inalcansável sem estar preparado”? Não estar preparada sempre me preocupou. Não faço prova sem estudar porque entendo que não tem porque provar que eu não sei. A prova (talvez não nos moldes atuais) deveria ser uma demonstração de aprendizado. E se eu não aprendi nada o que provar? Eu preciso me preparar.
“Alcançar o inalcansável” é quase como quando você ganha um vestido caríssimo de grife. Tão lindo que você não tem sapato, bolsa, maquiagem, jóia que combine (muitas vezes, sequer um cabelo que ajude).
De verdade, a sensação que eu sempre tive foi a de não ser digna de algo que, na minha concepção, é quase sagrado. Não sei se o que me falta é desmistificar o sentimento (simplificar como aquele alguém diria) ou me achar digna dele. Ou, como ele mesmo disse, andar metade do caminho de cada lado
.

Minha pior amiga



Eu sempre fui a minha pior amiga. Sabe aquela amiga falsa, que só lembra de você quando precisa de carona ou de dinheiro emprestado? Me comporto dessa forma comigo mesma.
Só me amo quando sinto amor vindo de fora, quando estou 100%. Se minha C/C, meu coração, minha forma física então ok, tudo bem. Senão sou a primeira a abandonar o barco.
Ao menor sinal de crise, me esqueço, me largo. Acho que se o outro não me ama, não sou digna de ser amada por mim mesma também.
E li em algum lugar a seguinte frase:“Me ame quando eu não merecer porque será a hora em que eu mais preciso”. Ela serve para mim na relação comigo mesma.
E como eu já perdi tempo com isso. Como se eu esperasse uma chance de passar a minha vida a limpo. E quem me daria essa chance?

Virtualmente ou virtual mente?


Uma garota linda, mais amiga de um ex-namorado que minha pra ser sincera, essa semana me fez sorrir. Após ler algumas postagens aqui me disse que mudou a forma que me vê e decidiu montar um blog também. Realmente, gostei de ouvir isso. Saber que os pensamentos, ideias e desejos que eu sinto a necessidade de despejar aqui, de alguma coisa, fizeram alguém refletir.
E nas primeiras postagens dela, vi um post sobre relacionamentos virtuais e a facilidade que algumas pessoas tem ali de dizer “Eu te amo”.
Foi quando resolvi escrever sobre esses relacionamentos e o pouco que sei sobre eles.
Em primeiro lugar, eu concordo com ela. Nos últimos tempos, tenho frequentado alguns chats e a frase “Eu te amo” é “campeã de audiência” por lá. Notei também que as pessoas falam de amor como quem discute o preço da banana na feira.
Vi homens que se apaixonam perdidamente 5 ou 6 vezes ao ano, homens que querem um relacionamento estritamente virtual (alguns se dizem grandes empresários mas não tem sequer um celular pra contato!), homens que nunca se comprometem (ligam de celulares com números ocultos e as conversas são sempre “reservadamente”). Fora os que entram com nicks pra lá de sugestivos (esses, ao menos, me fazem rir muito).
Existem vários tipos de meninas também. Desde as que se expõem demasiadamente (alguns vídeos e fotos que circulam por ali, são provas cabais disso) até as que se escondem tanto que são suspeitas de serem homens com nicks femininos.
Mas personagens à parte existe o lado que eu, particularmente, vejo como o melhor nessas relações. Ao tc diariamente com uma pessoa do sexo oposto, a união só se mantém se as duas pessoas tiverem uma sintonia natural (ou um deles for um bom mentiroso), se as cabeças forem parecidas.
É sempre um encontro de mentes, primeiro. Fica mais dificil aguentar o boçal por causa dos seus belos tríceps já que faz-se pouco uso deles ali.
Conversas, músicas, troca de emails, textos bonitos, poemas e vai surgindo um encantamento perigoso.
Não acho que se deve demorar muito para um encontro real. Na imaginação, o outro vai se tornando perfeito. E essa perfeição me incomoda.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Citando Rosseau



Lembro que nas aulas de Ética (sim, absorvi algo nessas aulas) o professor citava Jean-Jacques Rousseau (Rousseau, para os íntimos) dizendo que “O homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe”. E minhas colegas de curso devem lembrar das minhas pequenas interrupções para concordar com Rousseau e discordar do teacher que dizia ser “perigoso” esse argumento num tribunal. Dizer, por exemplo, que o individuo é produto da sociedade que o comporta (E sim, pra quem não tem idéia, eu sou aquela aluna cricri que sempre faz um comentário no meio da aula).
Mas numa auto-análise eu vejo que o que eu sou, a pessoa que sou, minha forma de pensar eu devo aos episódios de Caverna do Dragão; Smurfs; Punk, a levada da Breca; A Feiticeira; Thundercats; ao Xou da Xuxa; ao meu Atari e aquele maldito Enduro que eu jogava com a casa cheia de amigos enquanto a minha mãe trabalhava; aos gibis da Turma da Mônica; à leitura dos Sabrinas e derivados; às comédias românticas que reprisavam mil vezes na sessão da tarde; às revistas para adolescentes que eu sempre colecionei (e sou uma colecionadora nata), à minha coleção de livros de Monteiro Lobato que tinha “Reinações de Narizinho”, “Caçadas de Pedrinho” e outros temas que, me desculpem, a minha péssima memória não vai ajudar; aos “Harry Potters” que li, todos emprestados; aos cursos de datilografia (pasmem!), informática, inglês; às tardes dentro de um fliperama jogando Street Fighter e Mortal Kombat; ...
Concordo com meu professor que não podemos culpar a sociedade por quem somos. O livre arbítrio nos está posto pra isso. Ou então seríamos separados por Estado de nascimento ou por comunidade e determinados com pessoas exatamente iguais por região.
Mas é fato que, a influência da sociedade, principalmente suas determinações (como na música da Pitty: “Pense, Fale, Compre, Beba, Leia, Vote,...”) interfere, sim, na minha concepção, em quem será esse homem.
Talvez, o problema esteja no “nasce bom”. Colocar a culpa da sua entrega aos instintos ruins na sociedade, na sua presença ou ausência tão determinantes é onde reside o perigo.
Se eu tivesse nascido nos anos 60, por exemplo, teria uma outra forma de pensar certas coisas. Outra visão de mundo. Isso a gente observa fácil nos conflitos de gerações.
Uma neta micareteira contando para a avó que beijou 10 numa noite pode fazer a senhora infartar fácil.
Nossos sonhos e desejos também estão relacionados à época que vivemos, a sociedade atual. Quando eu contar pro meu filho que eu fiquei um mês inteiro esperando o pagamento para comprar um LP dos New Kids on the Block sei que ele vai rir como eu faço quando a minha mãe conta que ir na casa da vizinha assistir a Jovem Guarda era tudo de bom. Havia superprodução: roupa nova e maquiagem (e ela e a minha tia chegaram a usar peruca kkkkkkkkkkkkkkkkkkk). Ela ainda me mata por postar isso.
É igual foto antiga. Todo mundo parece ridículo em foto antiga. É feio (Na verdade, eu saudosista, acho lindo). Não cabe no nosso contexto.
Mas acho que eu agora e algumas das minhas amigas só podemos pensar no que é que estamos oferecendo para os nossos filhos. Que tipo de sociedade, com quais pessoas eles andam se relacionando, os filmes e desenhos que andam vendo, os jogos, os livros (ou a ausência total de livros em suas vidas), ... Porque é daí que vai sair as pessoas que eles serão e uma nova sociedade. Sociedade essa que vai nos abrigar velhos e como avós se tivermos muita sorte.

Mulheres e um celular


Bom dia!!! Hoje é sábado e esqueçam a história do "Quem mandou não estudar?". Vivi pra isso e ainda assim eu tive que acordar cedo hoje e vir ao trabalho. Mas isso não é uma reclamação. Amo o que faço.
Só que hoje acordei 1h30min mais tarde que o habitual. Passei pelo chuveiro e sai correndo. Cheguei às 9:16. Um bom recorde.
Isso após uma noite gostosa de cia pelo cel de um anjo lindo e beber com uma amiga que está "brava com os homens". E brava porque ontem à tarde eu dei uma notícia que mudou o dia dela pra pior. Vi uma atualização no orkut e mandei uma msg avisando com a derradeira frase "Fica bem".
Ela me ligou minutos depois dizendo que após ler, desligou o cel. A gente começa a "garrar um ódio" do maldito aparelho.
Uma vez, eu em frente ao West Plaza, ouvi o amor da minha vida dizer que pensava na possibilidade de ficar com uma amiga. Juro que cheguei a ouvir o barulho do cel se espatifando debaixo do ônibus que passava na hora. Nem eu mesma entendi como não o atirei.
Só tive o impulso de desligar (pra parar de ouvir bobagem) e mandei uma msg mais ou menos assim "Sorry, não deu pra continuar. Tenho mais medo de pensar nisso do que quando acreditava no inferno"
Então hoje acordei com a seguinte msg dessa amiga: "Falei pra ele que ia me jogar do 9º andar! Ele nem ligou. Tô desesperada!". Nem a vodca (com groselha, licor de cacau, limão e ... ainda descubro o resto da fórmula) nem a maria mole ajudaram muito já que às 3:48 ela ainda pensava assim.
Pior, que passei recentemente pelo que ela está passando. Sei o quanto dói. Sei que ninguém pode fazer nada ou pelo menos, não podem fazer muita coisa. Algumas pessoas amenizaram, de certa forma, a minha dor. E vou tentar fazer isso por ela.
Só que, de verdade, pra mim, as melhores conversas eram as que me diziam pra esquecer. Porque eu nunca quis permanecer chorando. Mas eu não consigo dizer isso. Quero que ela continue tentando. Sei que vai dar certo. Sei que estão confusos. E cada caso é um caso.
Não sei se estou certa. Só quero que ela fique bem.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Eu acredito em bruxas...

Eu acredito em bruxas. E em bruxaria. Analisando o esterótipo da bruxa, ela é pura feminilidade. Seus símbolos são o caldeirão, onde ela COZINHA e transforma partes, "retalhos" da Natureza em energia para mudar a realidade(Não é o mesmo que o nosso corpo faz no processo de digestão? Quando as vitaminas, carboidratos, proteínas e lípidios mudam a estrutura do nosso corpo) e a vassoura, objeto que faz faxina, remove as impurezas.
Seu maior parceiro é sempre um gato, animal conhecido e admirado pelo seu sexto sentido (Que eu acredito que seja mais poder de observação, já que o gato não é muito dado a atividades "desgastantes", sempre observa mais do que interage).
Cozinhar, limpar e observar. Nada mais feminino. E esse "observar" vem desde a vida primitiva em que as mulheres colhiam e os homens caçavam. Elas tinham que prestar atenção na seleta dos frutos. Notar as imperfeições.
Ser bruxa é estar em conexão com o que há de mais feminino e com as forças da Natureza. É ter uma sintonia fina com todos os elementos e manipulá-los com um determinado fim. Não tem nada de sombrio. Há quem tenha medo do assunto por ignorância, por falta de conhecimento.
Sou totalmente leiga no assunto mas quando eu encontrar tempo me aprofundo mais.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Amor, amor, amor


Esqueçam tudo o que já ouviram sobre amor. O amor dói. Não é eterno. As pessoas fazem barbaridades em nome do amor(Peguem como exemplo o amor à uma causa como os cristãos e a queima de bruxas ou o Nazismo). Uma pessoa não ama duas pessoas da mesma forma (Sim, sua mãe ama mais o seu irmão mais novo ou mais velho. Ela nem faz por mal. Mas vocês são pessoas diferentes). Amor e amizade são exatamente a mesma coisa, só que as pessoas põe uma conotação sexual no verbo amar. Os maus são, sim, capazes de amar. E fazem como quando a gente limpa só um pedacinho do sofá pra se sentar. "Naquele espaço" não cabe a sujeira do rancor, da mágoa, da mentira. O amor existe sim, mas é mais prático pensar no dinheiro e em todas as formas que ele se apresenta no nosso cotidiano. Aliás, o dinheiro também é digno de ser amado (Falo isso pensando em mim mesma). O amor faz sempre mal. É tenso, dá medo, é angustiante. Te deixa o tempo todo à flor da pele. Não deveria nem estar nos livros infantis tamanha a sua dureza. Crianças não estão aptas à entendê-lo. Não tem nada a ver com o músculo da vida, o coração. O amor se processa no cérebro. Onde o "ser amado" é sonhado, idealizado, construído e reconstruído pelas nossas ideias do que seja a felicidade.
Parte do amor romântico e fiel que conhecemos hoje, foi desenhado por uma Igreja que não queria filhos ilegítimos. Fidelidade? Quando você está na fase de encantamento é fácil ser fiel. Você não consegue pensar em mais ninguém. Não tenho experiência pra falar mas será que isso dura 30 anos?(Só pra pontuar, casamentos sim, duram até mais que isso)
CASAMENTO. Li uma frase que nunca vou esquecer que dizia algo próximo de "Deus inventou o amor para felicidade do homem. Veio o Diabo e confundiu tudo instituindo o casamento". Nem precisa me conhecer muito pra saber que eu tenho certa ternura por esse pensamento.
Santo Google. A frase é "Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e o amor com casamento", atribuída a Machado de Assis. Vejo a vida assim.

Mas então por que continuar tentando? Porque o lado bom supera o ruim. No tradeoff, o amor tem um custo de oportunidade menor do que a vida sem ele.

Sentindo o caminho



Vai começar tudo de novo. O medo. O frio na barriga. A dúvida. A felicidade. As borboletas no estômago. A angústia. As tentativas. As falhas. O sofrimento. A separação. A dor. A tristeza. E um novo recomeço.

Não é que eu não acredite mais no "E foram felizes para sempre". Só não sei se vou ou quando vou encontrar isso na minha vida (Toda vez que escrevo ou penso "na minha vida" me vem a música da Mariah Carey na cabeça, linda demais).
E eu não tenho pressa. Fiquei anos sem "procurar". Não tenho a menor pressa. A felicidade está no caminho e não no destino em si. A caminhada tem que ser prazerosa. Você tem que observar o caminho. Ver as borboletas e as flores em que elas pousam. Sentir os aromas. Sujar as mãos. Fazer valer a pena.

Quando você focaliza apenas um alvo, tem que fechar os olhos pra tudo que está ao redor. Como um atirador de elite. Fica com a visão de um cavalo com aquele tapa-olho (ou seja lá, como aquilo chama). Ter foco é necessário mas amar o momento presente e vivê-lo também é.

Por que me levantar da cama hoje?


Pera macia. Fazer as unhas. Jogar video game. Banho de chuva. Ficar horas no celular. Café com leite. Fotografia em que eu saio bem. Cheiro de terra molhada. Beijo na boca. Compras. Quindim. Ver ele on no MSN. Fofocar com as amigas. Sexo bem feito. Acordar e ver ao lado o meu filho que me sorri, me abraça e me beija. Dia de pagamento. Passar a noite inteira online com um amigo especial. Manga madura. Água gelada de cachoeira. Massagem nos pés. Chocolate. Saída daquela prova que eu sei que mandei bem. Uma tarde na perfumaria, sem pressa, experimentando todas as novidades. Cheiro de mar. Sorvete. Ouvir risos. Fazer chapinha. Sentar numa fogueira e ouvir um violão. Viajar com amigos. Ver meu filho crescer. Ir ao parque e lembrar que o mundo não foi feito de concreto.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Banalidades?

Até agora eu estou tendo uma manhã perfeita. Acordei bem depois de dormir a primeira noite na minha cama nova e com um cara especial (pena que foi só no cel)e com o meu amorzinho do lado. Tomei aquele chá branco horrível que acabei de comprar (pq ele tem vitaminas, soja, minerais ...estou treinando pra virar garota propaganda kkkkkkkkkkk). Tomei um banho digno de rainha do Egito (com exfoliação, limpeza de pele e um sabonete líquido que eu amo) e coloquei o uniforme no meu filho (o que sempre me encanta).
Fomos pra fono e no caminho meu bebê me encheu de beijos e estava com um sorriso lindo. Ela queria falar sozinha com ele e enquanto eu aguardava na sala de espera meu celular me fez sorrir. Tomei café na padaria quando já era hora de almoço. Filé de frango e suco de laranja. E no caixa, não resisti a um chocolate branco com cereais e passas.
Agora estou na lan porque a minha conexão em casa anda horrível.
Obrigada! Obrigada porque eu tenho um filho que amo e é feliz, porque tenho alguém que me deixa assim boba, porque faço o que quero e da forma que quero. Obrigada até pela musculação de logo mais (já que eu já sai de casa "fantasiada" de pessoa que malha) e também pela tarde que eu vou passar no banco à espera de falar com um gerente de contas.
Tudo tão simples e tão perfeito.

domingo, 6 de dezembro de 2009

"Mentiras sinceras me interessam..." (Ser fake)

Eu tenho tido uma relação doentia com o “outro”.Nunca entrego totalmente os meus sentimentos. Tenho medo do “até que ponto posso confiar no outro”. Não me abro de verdade pros amigos nem pros amores. Na família, a coisa ainda é pior porque eles se sentem no direito de te condenar e julgar o tempo todo. E fui fake por um tempo por isso. Menti pra ser verdadeira. Criei um personagem pra me expôr, pra entender o porquê de certos medos que me engoliam, pra fugir de uma realidade que me incomodava.
Odeio a exposição. Mas queria tanto me entender. E que me entendessem. Foi quando reaprendi que “todo mundo é inocente até que se prove o contrário”. Porque eu já partia do pressuposto que as pessoas queriam me machucar, prejudicar, me iludir desde o primeiro oi. Me superprotegia porque sei o quanto dói uma decepção. Sei até onde é capaz de ir a crueldade humana.
Tenho (acho que tinha) problemas para demonstrar fragilidade. “Ficar choramingando é para fracos”. Sempre me estipulei um prazo para sofrer. Sei que com o tempo as pessoas se enchem de ouvir as mesmas lamentações. Acham que “a vida continua”. E em parte, eu concordo com isso.
No auge de uma dor profunda, uma amiga me disse que o mundo não para pra você se recuperar. Verdade.
Mesmo assim, sou a maior chorona do mundo. Choro muito mas tento que seja por pouco tempo. Faço qualquer coisa para não permanecer no sofrimento. Muita merda, aliás. Meu mal é o “fazer”. Esperar é um verbo em desuso na minha vida. Saio fazendo qualquer coisa de qualquer forma para tenta resolver.
Costumo enfiar o dedo na ferida porque aquela dorzinha constante é pior. Como se eu pensasse que se doesse tudo de uma vez seria melhor. Até seria. Mas cutucar não significa que vai parar de doer. As minhas nunca pararam assim.
Um amigo citou Maquiável esses dias. “Os fins justificam os meios?”. Não! Mas esse não é unânime? Não sei.
Aprendi muito sendo fake. Sofri bastante também. Porque sendo fake, ouvi de uma pessoa especial uma verdade que servia pra nossa relação “Agora você sabe que a dúvida é sempre pior que uma certeza”. Sempre vou ter a dúvida se foi real. Não era eu. Mas nunca fui tão eu quanto fui com ele.

Pecados naturais

Domingo, começo de tarde e eu aqui ... Desaprendi a ficar de folga. Quanto mais durmo, mais vontade de ficar na cama eu tenho. Tô pensando em um amigo. Um amigo que foi ficando cada vez mais próximo pq eu precisava de apoio. E cuidou de mim. Teve paciência pras minhas lamentações, sempre disposto a ouvi-las.
E eu fui ficando dependente da sua cia.
Sou do tipo de pessoa que se vicia facilmente. Que se entrega aos prazeres. Do tipo que se perde nos 7 pecados capitais. Quais eram mesmo? Gula, avareza, inveja, luxúria, ... (indo no Google =)), preguiça, ira e vaidade.
Que tipo de pessoa eram os papas que instituiram esses pecados? Vejo isso como algo do "estado natural". De verdade, só abomino a inveja dos 7. A inveja, na minha concepção, é incompetência. Só quero o que é do outro se sou incapaz de conseguir pra mim.
Apesar que acredito na "inveja branca". Sinto ela sempre. Me empurra pra frente. Penso "Olha, gostei daquilo que tal pessoa fez, conquistou, alcançou. Quero pra mim também. Vou buscar meus meios de conseguir"
Voltando aos 7, nós, SOBREVIVEMOS a eles. Como tudo, penso que o problema reside no excesso. Creio que o ser humano PODE tudo desde que com moderação. Ex.: Posso beber mas viver de porre é foda. Posso jogar truco ou pôquer com os amigos desde que eu não aposte até a minha casa.
Meu amigo? Agora ele faz falta. Faz parte da minha vida. Faz parte de mim.
Ah, por hj chega! Vou me manter no pecado da preguiça e continuar na cama.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Deus

Eu tenho um conceito muito pessoal sobre Deus. Eu acredito. Mas não no Deus da Igreja, “a imagem e semelhança do homem” (a ordem dos fatores não altera o produto). Acredito em um Arquiteto do Universo (como na doutrina maçon). Acredito na luz, na força do bem e na vida. Acredito que essas forças conspirem a favor das pessoas bem intencionadas. Acredito que o bem vença o mal e que todo sofrimento é temporário.
“Deus”, pra mim, é a força de renovação da vida. É a esperança. A Natureza. É a interligação de tudo que é vivo. A interdependência da vida. É mãe. É feminino.
Em Evolução das Idéias Sociais, no curso de Economia, meu professor (lindo que eu amo demais, demais, demais) sempre falou em Deus sem nunca nomeá-lo. Explicou as várias formas que o homem vem entendendo o que seria esse Deus. Falou das idéias de muitos dos pensadores sobre o assunto. Aristóteles, Platão e uma infinidade de filósofos.
E porque não nomear? Porque um nome carrega consigo uma pré-concepção, uma idéia prévia, já formada. Se eu, por exemplo, digo “flor”, você vai pensar nas flores que já conhece, nos cheiros, nas texturas. O nome trouxe uma idéia já formada.
Não acredito num julgamento “final” e sim diário. A tal história do “Quem planta ventania, colhe tempestade”, a “lei do retorno”. Seria injusto, na minha concepção, zerarmos as dependências só no “além-morte”.
Não acredito no Demônio. O ”Demônio” é o mal que reside em nós. Cabe ao nosso livre arbítrio dar vazão a esses instintos tão humanos.
Não vejo Jesus Cristo como vê a Igreja Católica. Como “único Salvador e Redentor”. Não acredito que a virgem Maria fosse tão virgem assim.
Jesus Cristo pra mim, foi um revolucionário político. (E esqueça a idéia de política que você tem). Eu o compararia hoje, muito superficialmente, ao Lula sindicalista. Cheio de ideais, de sonhos de igualdade... Até a parte do “de origem humilde”.
Mas minhas idéias, melhor, meus ideais, estão, sim, sujeitos a mudanças desde que eu tenha a ciência de que minhas deduções não estão corretas. Estou aberta à reflexão.
O Deus, a luz que acredito me protege sim. Me deu sempre o melhor da vida. Tudo o que eu sempre quis. Eu pedia apoio em algo próximo a uma prece (pra você usar uma idéia “semipronta”) e sempre fui atendida. Então sim. Eu acredito em Deus. Mas no meu Deus.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Os meus, os seus, os nossos

Sou canceriana. Nascida em 4 de julho.(Não perco a oportunidade de dizer que por isso que é feriado "in the USA").E tenho um maldito instinto maternal.
Com meu filho isso serve pra eu estar sempre atenta em suprir suas necessidades materiais (roupa, alimento, escolinha, ...). É a minha primeira e maior preocupação.
O problema é com as demais pessoas porque essa merda vicia.
É como se você se sentisse capaz e pior, sentisse a necessidade de cuidar. Dos amigos, dos amores, da família.
Sempre notei uma diferença entre contar um problema para um amigo e para uma amiga. A mulher vai tentar me aconselhar, se colocar no meu lugar, passar raiva comigo e se não conseguir uma solução vai concluir com um:"Não sei o que te DIZER". (Ouço isso sempre)
O homem vai ouvir, me interromper algumas vezes enquanto eu conto para extrair mais dados e no final me dizer o que fazer. Mas isso como instruções, como quem explica um caminho. "Você segue por aqui, você fala isso, você ignora aquilo".

Nisso eu tenho uma visão mais próxima da dos meninos. Que unida com o instinto maternal me faz abraçar o problema alheio. Quando você me conta um problema, ele passa a ser "nosso" e eu preciso solucioná-lo.

É como a Matemática pra mim. O problema é uma equação. E toda equação pode ter uma, duas, três, ... soluções (dependendo do grau)ou nenhuma resposta "que pertença aos números reais".
E Matemática sempre foi mais diversão que obrigação na minha vida. Fora que a clareza matemática me encanta. Se eu e você resolvermos uma equação e chegarmos a resultados diferentes, alguém (vc! kkkkkkkkk) está errado. E eu não tô falando em arredondamento, frações e decimais, ou nada. A resposta é sempre uma só.
Fora o fato que, "de fora fica tudo mais fácil. Dificil é estar no olho do furacão". E ai é assim. Existem vários tipos de problemas. Os que envolvem dinheiro sempre são os mais simples. É sempre só dinheiro.
Tem os que envolvem o coração. E eu pra cupido só falta perder a vergonha na cara de vez e sair de fraldão por ai. Contabilizando rapidamente nos últimos meses, últimos 2ou 3 meses, eu interferi diretamente na vida de pelo menos, 8 casais. Sabia que faltava "tão poucoooooo" pra eles estarem juntos (e em um dos casos, pra eles terminarem de vez) e não aguentei, dei o empurrãozinho que faltava.
Mas nem sempre isso é bom. Sofro com o que não é meu. Muita gente acha que eu não deveria. Mas, idiotice à parte, quando tudo dá certo a sensação é ótima. De dever cumprido.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Minha tatto

Sou uma mulher com mais de 30 anos que resolveu fazer uma tatto. Há quem veja como rebeldia tardia. Então vamos lá ...
Especificamente essa tatoo é para ser um marco na minha vida. Um marco:
*do rompimento real do meu casamento - eu era uma mulher separada que me via cheia de "obrigações" com o pai do meu filho;
*do reencontro com o amor - voltei a acreditar de todo o meu coração que é possível ser feliz com outra pessoa (não é a busca de alguém "que me faça" feliz e sim ser feliz junto com alguém e isso tem tanta diferença).
E o terceiro ponto, o primordial:
*do reencontro comigo mesma.
Meus dias vinham sendo um acumulado de coisas pra resolver. Ir pra facul, ir ao trabalho, os problemas do carro e da casa, os trabalhos escolares, os pepinos no trabalho. Fui esquecendo quem eu sou e o que quero da vida. De verdade, só tinha planos e projetos "materiais". Eram apenas as coisas que eu queria comprar e a minha escalada rumo ao salário ideal.
Mel* é um nick que uso, razoavelmente a pouco tempo. E NINGUÉM entendeu quando eu resolvi tatuá-lo no pé. Sinceramente, nem sempre tô afim de explicar também.
Ouvi opiniões diversas sobre a minha resolução...
"Você é inteligente demais pra isso"
"Por que você não tatua o nome do seu filho?"
"Qualquer dia você estará discutindo com o seu alterego no metrô"
"Não quero nem ver, eu sei quem te chama assim"
"É isso que você vai explicar num teste psicoténico, numa entrevista?"
Ri, DELICIOSAMENTE, de todos os comentários.
Sei que eles questionam porque não entendem. Com essa experiência, conclui que é sempre assim. O outro não precisa entender. é uma coisa pessoal. Feita e selecionada de mim e pra mim. O corpo é a coisa mais "sua" que existe.
E eu, que vivo buscando aprovação para os meus atos (brinco com uma amiga desde que ela disse "Tô orgulhosa de você"; a cada ato eu pergunto pra ela "Tá orgulhosa de mim?"), dessa vez, relaxei. Não me importa o que vão pensar.
E a partir de hoje para o próximo que me perguntar, dou link dessa página. xD

A regata preta e os livros

Quando eu tinha uns 4 ou 5 anos (e essa recordação é nítida na minha memória), lembro da minha mãe gritando:"Menina, sai de perto dessa televisão. Desse jeito você vai precisar de óculos".Aquilo era música para os meus ouvidos. Adorava a ideia de usar óculos. Tanto que assim que a minha mãe se afastava, eu enfiava a cara dentro da tv novamente. Os óculos eram para mim um símbolo de diferenciação.
E lembrei dessa história agora porque andando de metrô, vi um cara de regata preta. Eu e um amigo bolamos um empreendimento de sucesso: uma banquinha de regatas pretas na frente de uma academia. É fato! Todo cara que começa a malhar compra uma regata preta. Por que? Quer aplausos, reconhecimento.
Eu já tive as minhas "regatas pretas". E a mais constante na minha vida sempre foram os livros. Os inúmeros livros que carregava pelos ônibus, metrôs e trens. Que as pessoas se ofereciam para levar quando estava cheio. É a minha forma de exteriorizar que eu penso. Sempre tive orgulho disso.
Mas eu já tive as minhas "regatas pretas" da superficialidade.Os decotes e shortinhos que usei ainda estão na memória de muita gente.(Ri, com saudades, no dia em que fomos alugar um vestido para o casamento e minha amiga brincou "Com esse modelo, pelo menos, você varia o decotão", apesar de eu ter abandonado os decotes há anos). Só que eu sempre tratei isso como secundário. Hoje vejo que um corpo escultural requer tanta dedicação quanto o cérebro de um intelectual.
Mas o fato é que, sempre queremos aplausos. Dos conhecidos e desconhecidos. queremos mostrar que estamos no mundo e a que viemos. E cada um à sua maneira.
Quanto aos óculos, hoje eu realmente preciso de óculos ... E fora os de sol, glamourosos, eu os odeio. Tenho um apenas para "dormir" ... Deito com ele pra assistir tv ou escrever no note ... Fora isso eu uso lentes de contato! O que me faz lembrar que a gente tem que ter cuidado com as coisas que pede à Deus, à vida, às forças do bem porque, um dia, seu pedido pode se realizar e você já não ver o menor sentido nisso ...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Medo do equilíbrio

Tenho medo de um dia me tornar uma pessoa equilibrada. Quando qualquer amigo ler isso, vai (depois de parar de gargalhar) dizer que eu não corro esse risco. Mas o meu medo é real. Vivo brincando dizendo que gente normal é chata. Gente que nunca perde a linha, centrada demais, que não toma um porre, não dá um show por ciúme, não grita, nunca mandou o próprio chefe à merda. Tem uma música do Rappa que fala sobre isso. Encaretar. Não é ser 100% porra louca. Mas só não quero deixar de dar a gargalhada natural e escandalosa que eu solto do nada. De fazer merda bem (ou mal) acompanhada quando eu tô com raiva, de rir dos meus defeitos e amá-los de todo coração, de ter amigos iguais a mim, de dar mais valor ao roqueiro bêbado que o malinha que sai cedo pra ir trabalhar mas fala da vida do outro que ficou bebendo na calçada. De defender com unhas e dentes qualquer injustiçado ou mesmo que com algum critério, criticado e massacrado pela sociedade em geral (odeio os “juízes do mundo”, minha amiga de trabalho diz que eles parecem que nasceram com uma cenoura encaixada em lugares impronunciáveis). Se pra ser “normal” tenho que abandonar meus vícios e defeitos, sorry, eu adoro a minha vida como ela é.

Ciúmes e casamentos poligâmicos

Passou pela minha cabeça agora esse absurdo. Eu, essa louca mulher que sou hoje, vivendo numa sociedade poligâmica. Ir me deitar sabendo que o homem que eu amo, desejo e entendo como meu divide a cama com outra mulher por hoje. Ganhando seus beijos e seus carinhos.
Nessas horas, agradeço de joelhos por ser ocidental. Mesmo que digam que “falta homem no mercado”(sou do pensamento que o que falta é competência às mulheres (que me desculpem algumas amigas)).Sou feliz assim.
Amor, pra mim, tem haver com possessividade. É pra ser meu. 99% eu não quero.
Pior, que vejo a mulherada se contentando com muito menos que isso. Mas o verbo “contentar” não faz parte do meu vocabulário.
Fiquei meses sem cama porque tinha “créditos” numa determinada loja que segundo o vendedor não tinha a cama que eu queria. Toda vez que ele me ligava e me perguntava se eu não aceitaria outro modelo, eu respondia: “Mas a que eu quero vai chegar, não vai?”(Tô escrevendo e olhando pra ela ... A cama que eu escolhi e sabia que seria minha)
Fiz isso com a saída da maternidade do meu filho também. Me encantei. Escolhi antes de saber o sexo numa feira para bebês e gestantes do outro lado da cidade. Assim que soube fui até a loja buscá-la em azul bebê.
Meu filho nasceu de 8 meses e ocupava a metade da roupinha quando saiu do hospital. Coube certinho mais de um mês depois.
Mas voltando aos casamentos poligâmicos (vou assistir Eu, tu, eles novamente e por inteiro dessa vez), eu morreria na primeira noite sozinha imaginando o desejo do homem que escolhi pra minha vida por outra, os beijos que dariam, o sexo, o olho no olho nessa hora, a comparação do corpo, do gosto, do carinho ...
Eu devo estar muito errada porque isso me faz sofrer. Se eu quero, eu quero SÓ pra mim. E outras vivem essa situação diariamente. Não sem ciúme. Mas com um ciúme “moderado”.(Moderação também não faz parte do meu vocabulário!)
E até aqui eu falei de quando é acordado entre as partes que existam outras pessoas no relacionamento. Nada a ver com traição. Com o jogo de mentiras e falta de sentimentos que ela envolve.
Quero alguém pra ser MEU. De corpo, alma, mente e coração.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Superproteção não é amor

Hoje, segunda-feira, 30/11/2009. Fui levar meu filho de 3 anos à fonoaudiológa pela primeira vez. Pra essas coisas, sempre tem uma entrevista inicial. Você dá dados para o médico fazer a parte “CSI” do processo.
Foi nítida a desaprovação dela em dois momentos:
1)Quando falei da mamadeira que meu filho ainda toma.(Ele vai se comporta como um bebê enquanto eu tratá-lo como um bebê)
2)E o pior...Quando expliquei que, além de não corrigir as palavras que ele pronuncia errado com medo dele se fechar mais também banco a tradutora para as outras pessoas evitando que ele se desgate, para que ele não precise se esforçar.
Ajo assim com todo mundo. Principalmente com os “homens” da minha vida (leia-se amigos, exs, filho, irmão, namorado, ...). Pressuponho que eles sim são o sexo frágil. Superprotejo e impeço que ajam. Depois reclamo da falta de atitude deles.
Esses dias nos preparativos do casamento da minha amiga, mulherada reunida e eu contando pra uma vizinha querida com 29 anos de casamento sobre os meus motivos para a separação. Após ouvir minhas reclamações, ela disse: “Se você fazia tudo (planejava, executava, decidia, ...), como pode dizer que ele não era atuante? Não sobrava nada pra ele fazer”. Não parei de pensar nisso. Foi há 3 dias atrás. E agora isso com a fono. Fora que há menos de um mês, um amigo querido me acusou da mesma coisa. Querer decidir a vida dele.
Fui adestrada pra governar. Cresci com a minha mãe que ao ficar viúva se viu com dois filhos pra criar (eu com 11 anos e meu irmão, 1). Ela se ocupava o tempo todo das nossas vidas. Acho natural que eu me ocupe da vida de quem amo. Minha tia e segunda mãe também era uma mulher forte que regia a própria vida e da sua família. A gente, por hábito, faz planos pra si os outros. Quando estou de folga ou de férias, por exemplo, quando eu acordo minha mãe já fez a minha agenda e ainda se oferece pra me “ajudar” a fazer as coisas que ela acha que eu devo fazer.
Quando minha tia morreu juro que por um momento eu quis abraçar os problemas da família dela. Meu primo e meu tio. Na verdade, meu primo é hipercentrado e eu concordo com as atitudes que ele tem tomado. Mas meu tio ...
Cheguei a virar, inconformada, pra minha mãe e dizer: “Mãe, mas ele não pode fazer isso. A gente tem que fazer algum coisa”. E a minha mãe: “Ele é adulto e teimoso. O que eu podia fazer eu já fiz . Conversei com ele que não quer ouvir.”. Nos minutos seguintes eu estava arquitetando um plano de convencimento. É mais forte que eu. Teoricamente eu sei que a vida é do outro e ele faz o que quer, quando e como quer. Mas ver uma pessoa que amo plantando tempestade me dói demais.
Buscar essa conscientização vai fazer a vida do meu filho melhor. Porque, aos 3 anos dele, eu já sei a universidade que ele vai fazer (e ando tão liberal que deixo até ele escolher o curso), o tipo de homem que eu quero que ele seja entre outras coisas.
Meu irmão foi criado entre nós duas. Duas mulheres “fortes” e “que sabiam o que era melhor pra ele”. Ele realmente só tinha dois caminhos. Ser rebelde ou submisso. Pra felicidade dele, se tornou rebelde.

Eu queria ser rasa ... (Porque ser profunda é foda!)

Eu queria ser rasa. É foda ser profunda . E gente rasa é tão legal. Tenho amigas com mais de 20, algumas beirando os 30 que conservam a “razicidade” dos 15 anos. Eu, pessoalmente, nem aos 15 anos fui “rasa”. Por que? Porque eu intelectualizo demais a vida. As coisas que realmente me interessam são pensadas e repensadas inúmeras vezes ao dia. Tenho a necessidade de entender o porquê de tudo e isso nunca é real.
Crio fantasmas e problemas que não existem e depois preciso procurar uma “solução” pra eles. Monto e desmonto situações trágicas sozinha com a minha mente e sofro muito porque passo a acreditar cegamente nelas.
Sozinha em casa, numa tarde pensando sou capaz de acordar sorrindo lembrando da noite anterior e de repente, pensar que e SE ...e invariavelmente acabar chorando.
Você, ser paciente, que me lê nesse momento, tenta visualizar comigo dois buracos na terra. Um bem raso, que se chovesse mal daria uma poça d'água. E outro de uns 4 metros de profundidade. No segundo, inúmeras espécies de móbiles de formas e cores sortidas que variassem do semialegre ao sombrio. Que vozes ecoassem das suas “paredes”em todos os tons e idiomas; vozes femininas e masculinas; doces e afetuosas, rudes e”imperativas”. Que no fundo desse buraco houvesse um espelho, daquele tipo o de parques, que deformam a imagem. E ainda que antes de se chegar a esse tal espelho, a uma distância de menos de 1 metro existisse uma grade, uma tela que impedisse você de se aproximar e notar como realmente ele é.
Vivo nesse buraco há mais de 30 anos. E sofro de um tipo de síndrome de Estocolmo. Por muitas vezes, eu gosto dele. É o meu lar, onde sei como as coisas funcionam ou tendem a funcionar. É o “mal conhecido”, me é familiar por mais confuso que seja.
E todo “profundo” que se preze já pensou, um dia, em se matar ou em matar alguém. De verdade ou só no campo das ideias que o tirariam da “dor que é viver”. Porque também é indigesto processar pelo cérebro de um profundo algumas coisas do mundo. (Leia-se por coisa: ideia, sentimento, lógica, “normalidade”, ...).
Como nutrimos sentimentos mais densos:
Não gostamos- amamos,
Não desgostamos- odiamos (no meu caso, por no máximo 30 segundos),
Não somos amigos- somos irmãos,
Não percebemos que a pessoa não estava- quase morremos de saudade,
Não ficamos tristinhos- caímos em depressão (profunda, muitas vezes)
E não é um exagero à la emo (sem preconceito algum). Sentimos assim mesmo. Injustiçados por um mundo incapaz de nos compreender.
E esse mundo só não nos entende porque ninguém vive nas mesmas condições. Não tem como sentir o cheiro, o gosto, o amor, a dor, o tempo, o vento, qualquer sensação como quem está no claro e superficial primeiro buraco. Nem mesmo como quem está num outro buraco profundo.
Às vezes, subo pra superfície pra tomar um ar. Como quando reuno as amigas “rasas” e vou pra balada ou só pra tomar um vinho e lembrar das coxas de algum menino que a gente beijou por beijar.
Nessas horas, tenho vontade de ficar ali na claridade, onde é raso. E até consigo me manter assim por algum tempo. Até que qualquer coisa ali me assuste ou toda aquela claridade comece a me incomodar. Aí volto pra onde sei viver. E de verdade, acho que sinto falta de tudo que eu já conheço. Principalmente das vozes.

domingo, 29 de novembro de 2009

A morte

Adoro pensar na minha morte. Isso me dá forças pra viver. Lembrar que eu não sei quanto tempo mais estarei viva, junto às pessoas que amo, me faz querer aproveitar a vida ao extremo.
Rir HOJE, dizer que amo HOJE, ligar "praquele" cara ainda HOJE.
Ok, confesso, isso aumenta também a minha ansiedade. Mas ela é só mais um dos meus defeitos pelo qual sou apaixonada.
Pensar na morte me faz ver como é idiotice guardar rancor, odiar alguém. Isso só machuca o ressentido.
Juro que se odiar alguém fizesse o órgão sexual do cara cair, desse furúnculo ou ao menos empipocasse a fulana de espinhas, eu odiaria muita gente ...
Todos que vieram antes de nós morreram. Vamos morrer, isso é FATO! Então nada importa. Quase nada. O que realmente importa é aproveitar essa curta estadia. Fazer valer a pena. Fazer história.
Gostei muito de uma frase que ouvi esses dias: "Se eu não posso fazer o melhor, vou fazer o melhor possível". TEM QUE ser assim. Uma entrega à vida. 100% sempre.

Determinação ou teimosia? (A saga de um piercing)

Domingo 29/01/2009. Acordei meio de ressaca porque na rua onde moro, praticamente, a vida toda tinha 3 festas. Uma delas, casamento de uma amiga, 9 anos mais nova, meio que uma irmãzinha.
Cheia de sono, pensando se viria trabalhar ou não, fui passar o algodão com loção de limpeza no rosto e ... merda!, o piercing do meu nariz saiu de novo. Só que o furo é recente. Furei pela terceira vez, na última segunda. E já na quarta, passei num estúdio em frente à faculdade pro cara recolocar pq eu tinha passado os óculos escuros raspando pelo nariz e zás ... ele tinha saído do lugar.
Mas essa história é longa. Há uns (fazendo as contas na margem do caderno em q estou rascunhando) 6 anos atrás , eu ainda namorava meu exmarido e na época morava meio que na casa dele, meio que na casa da minha mãe. Resolvi furar o nariz. Dias depois a gente brincando na cama, eu tentando esconder o rosto e ... lá se foi o meu piercing.
Pedi pra recolocá-lo mas ele não teve sangue frio (descobri que, nessas horas, ninguém tem). Nem eu.
Andei com a jóia na carteira por meses pensando em refurar. Até que a perdi. Essa foi a minha PRIMEIRA tentativa de ter um piercing no nariz.
Casei, tive um filho, separei e o tempo passou. E esses dias me bateu a vontade de furar o nariz novamente. Um dia de sábado saindo da facul passando pela República, entrei na famosa Galeria (sempre furei lá) e sai com o meu SEGUNDO furo.
Dias depois, eu secando o rosto, ele enroscou na toalha e ... aquela maldita curvinha saiu de novo.
Na última segunda, 23/11/2009, voltei a Galeria. Fiz a tatoo e furei mais uma vez o nariz. Esse foi o TERCEIRO furo. Daí pra frente eu já contei.
E isso me fez lembrar que essa semana minha amiga me dizia que "Vc tem que parar de amar esse garoto" e repetiu isso várias vezes (e confesso que, no começo me irritou muito). Detalhe: essa amiga ainda me digitou "Mel, vc ser teimosa¨

Qual a diferença entre teimosia e determinação?
Vou procurar no dicionário ...
Mas, pra mim, (e essa parte eu escrevi antes de procurar as definições) a diferença é que a teimosia é "burra", é a insistência em um ponto de vista ou uma atitude que não tem razão de ser. é a determinação pelo motivo errado. É a paixão pelo seu modo de ver as coisas.
Já a determinação é algo até excessivamente valorizado. Costumamos vangloriar os determinados. Vejo-a como a luta por seus objetivos mais trabalhosos.
E determinação pode vir a se transformar em teimosia. Você vem empolgado perseguindo um sonho e pode perder o discernimento pra avaliar se é realmente possível. Mas persiste buscando-o.
Não consigo admitir pra mim mesma a teimosia que a minha amiga vê no meu sentimento. Mas congelei pra não complicar mais. Porque essas coisas não são como um banco. Você não deposita amor, respeito, confiança, desejo, planos, carinho e num belo dia de sol saca tudo de uma vez.
Eu , nesse momento estou tentando reavaliar esse investimento. Perdi uma parte dessa aplicação, saquei outra por conta própria e ainda assim, meu saldo não zerou.
E pensando como economista, toda aplicação é incerta. Dependendo dos fatores internos e externos varia a possibilidade de lucros e prejuízos.
Toda piada sobre economistas brinca com o fato de não se conseguir extrair de nós um "sim" ou "não" definitivos. Toda "conclusão" de um economista tem um "dependendo das(os) ..."
Então, dependendo da situação pode ser teimosia ou determinação.
Mas vou logo avisando, talvez eu não deva ter um piercing no nariz mas amanhã, segunda-feira, vou novamente àquele estúdio recolocá-lo (pela QUINTA vez). Ai se é teimosia ou determinação vocês podem definir.

p.s.: Rumo a um piercing na língua. Minha experiência diz que beijo com piercing é tudo de bom ... xD
p.s.1: teimosia
s. f.
1. Qualidade do que é teimoso.
2. Obstinação.
3. Birra.

determinação
s. f.
1. Acto!Ato ou efeito de determinar.
2. Demarcação.
3. Decisão, resolução.
4. Indicação.
5. Definição exacta!exata.
6. Prescrição, ordem.
7. Resolução, denodo