domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ranzinza além da conta

Minha mãe vem sofrendo de rabugice aguda. Sério, a coisa está ficando crônica. Acabei de chegar de viagem e a liberdade que senti fora de casa foi impressionante.
Morar com ela tem uma série de vantagens mas de certa forma me engessa para muitas outras coisas.
Só depois de sair dessa rotina tensa é que dá para perceber melhor. Ela fica o tempo todo policiando o que a gente faz por causa da organização da casa. Palpita em tudo e tem uns comentários que só criam tensão e que, de fato, são desnecessários.
Antes pensava em manter a sanidade do meu filho vivendo longe dali (Talvez por já ter perdido a minha a mais tempo). Mas fatores como tempo, cuidados com ele e uma razoável comodidade foram me fazendo ficar.
Mas hoje tenho a certeza de que se nada mudar não consigo mais suportar tanto mau humor, justificado ou não.
Até porque sempre detestei quem encara a vida empurrando com a barriga. Temos uma a série de funções simplesmente porque no propomos a executá-las. Milhares de pessoas vivem no ócio total diariamente.
Se o seu fardo está pesado, jogue a metade do que carrega fora e foda-se o resto. O que eu não admito é caminhar ao lado de quem está o tempo todo reclamando do peso, do sol e da caminhada. Quem não aguenta andar, para. Porque eu estou bem com meu boné com viseira e meu tênis confortável.
Já faz muito tempo que eu até ajudo a carregar certa parte desse peso. Mas até para ser ajudado tem gente que precisa manter a pose do "Eu não preciso de ninguém". Não é falta de amor mas não dá pra passar a vida inteira tentando ajudar quem diz o tempo todo que não quer.
Sempre digo que se eu vou cuidar da vida de outra pessoa seremos duas cuidando da vida dela e ninguém da minha.
Cada um encara a vida de uma forma e não dá pra convencer ninguém que a sua maneira é a correta.
A vida pode ser um fardo: dura, feia, pesada ou um simples pacote a se carregar pelo seu caminho: bem apoiado nas suas costas que pode caminhar cantarolando e sorrindo. Isso é escolha. E eu sempre vou escolher viver bem. Acima de tudo e de todos. Ninguém merece o sofrimento de ninguém. Todo mundo tem problemas "comunitários" e pessoais. Como você vai encará-los é que faz toda a diferença.

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