Tô com sono! Tirei essa última semana de férias para, literalmente, descansar. Abri o mail funcional e vi que tinha que entregar um relatório até dia 02. Foi quando me dei conta de que já está chegando a hora. Quanto ao relatório meu colega de função fez para "nós".
Depois de toda a agitação: passeios, viagens, reformas, compras, festas, ... há dois dias ando de pijama pela casa descascando o meu nariz que cisma em coçar. Quero recuperar o fôlego para o próximo semestre. Já sinto o cheiro da correrria.
A volta a São Paulo me decepcionou um pouco. Entendi , afinal, porque algumas pessoas planejam, ao se aposentar, se mudar para uma cidade tranquila.
Na praia, minha rotina era acordar, tomar café e ir pro mar até a hora que eu quissesse, almoçar e algumas vezes voltar à praia ou ao Centro da cidade.
Ao Centro eu fui de "Trenzinho roxo" (e não dá pra evitar comparar ao metrô na Sé que tomei ao retornar). Não tinha fila no quiosque de sorvete do Mc no shopping.
Dá pra se acostumar a viver assim.
Voltei menos cosmopolita de lá. E só foram sete dias. Sete dias sem metrô, ônibus lotado, trem, trânsito, buzina sem motivos, stress, despertador, celular, sequer relógio (no máximo para cronometrar em quantos minutos almoçaríamos). O dia de supermercado mais lotado é igual ao de ir comprar pão rotineiramente aqui.
São Paulo hoje tem mais gente do que pode suportar. A superlotação do transporte público, o excesso de carros nas ruas, entre outras coisas gritam denunciando isso.
E paulista tem mania de "união". A gente adora fazer tudo juntinho. 6:00 da manhã nos reunimos no metrô, feriado prolongado superlotamos as estradas rumo ao litoral e as rodoviárias para todo e qualquer destino.
Final de ano lotamos os centros de compras populares e os shoppings da mesma maneira. Assim como todo "evento" anual: Dia das Mães, dos Pais, das Crianças, ...
Foi a primeira vez que eu não repeti a frase:"Viajar é bom mas voltar pra casa é melhor". Não tenho mais essa certeza.
Pior, que vai virando uma selvageria. As pessoas se empurram e se esmagam tentando voltar para casa todos os dias. No metrô, no dia da minha viagem de volta, tinha uma senhora de 74 anos (e ela mostrou o RG para quem quissesse ver) que veio reclamando porque uma outra senhora não se levantou para ela sentar ao que essa outra respondeu: "É porque eu sou bonita e gostosa". Ao que a véia (véia mesmo kkkkkkkkkkkkkk) se revoltou. Um rapaz ao lado, fora do banco preferencial, ainda mostrou uma carteirinha atestando que era deficiente mas foi um barraco só.
Tenho quase certeza que a senhora sentada tinha mais de 60 anos. Só quem ao contrário da véia, estava maquiada, penteada e não aparentava, à primeira vista, ser idosa. A véia deu uns 45 anos pra ela.
Assisti a isso com a mala de rodinha, frasqueira, mochila nas costas ardidas e segurando a mão do meu filho. Ou seja, antes os bancos preferenciais resolviam alguma coisa. Estamos num momento que eles também não são suficientes.
Talvez acha um êxodo urbano quando faltar água, energia elétrica e comida para abastecer toda a população. Ops, já não estamos em meio a isso também?
Tem a ideia do pedágio urbano, para descongestionar o Centro na qual eu acredito. Basta tocar no bolso para se educar a população. Se esse dinheiro vai ser revertido para solucionar os problemas do próprio trânsito já é outra história. Mas também não discordo com os argumentos de quem disse que acaba virando só mais uma tarifação no nosso bolso tão espancando tributariamente.
Nos falta educação básica para não sujar as ruas, consumir com mais consciência, produzir menos lixo. Usamos a cidade e o mundo como se pudessémos dar uma descarga e o encanamento desaguasse em Marte.
São sacolas plásticas, garrafas pet, embalagens não reclicláveis e não recicladas. Não há nenhum estímulo para isso. Papel reciclado sai muito mais caro que papel de reflorestamento, por exemplo.
Na Universidade emm que trabalho nossos hollerites são impressos em material reciclado (isso a poucos meses) e ao menos no meu setor fazendo questão de aproveitar impressos não utilizados para rascunho e canecas plásticas no lugar de copinho descartável. E isso é tão pouco.
Comecei em São Paulo e olha eu já querendo salvar o planeta rs*. Mas o pensamento da maioria de que "Nós 'partiremos' antes do planeta entrar em colapso me assusta".
A Natureza tem pedido de volta os espaços que tomamos sem permissão e muito menos, planejamento.
Até entendo que algumas medidas sejam caras demais para os nossos políticos as providenciarem. Imagine, gastar todo o dinheiro público em favor do benefício público... Eu já estou querendo demais mesmo.
O que eu sei é que a paixão que eu sentia pela minha cidade, hoje, é só um afeto saudossista.
Come on, minha querida
ResponderExcluirYo sempre que te falei "NÃO GASTE TANTA FOLHA, MULHER, PENSE NO PLANETAAAA" e a frase que sei qe vc se recordará de mim "VC NÃO TEM CONSCIENCIA ECOLOGICA!!!!" e agora vc se diz a nova MADRE TERESA DE CALCUTA do 'eu penso verde'
E citando Raci, o seu prof preferido " Quem te disse que Sao paulo eh cosmopolita??? Cosmopolita eh London, baby"....kkkkk
Destilei meu veneno...kkk, agora me vou
Bjoooooss
(Com um sorriso sarcástico nesse momento) Detesto discordar dele... Mas é assim que eu penso xD
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