Como em tudo na minha vida sou bastante contraditória na criação do meu filho também. Se por um lado eu superprotejo, se fiz dele a prioridade da minha vida, por outro lado sempre plantei a sementinha da independência.
Desde muito pequenininho ensinei-o a ligar e desligar as lâmpadas, ligar a tv, o dvd e o aparelho da parabólica, o microondas. Tudo com supervisão, of course. Mas querer ver, fazer igual, acho que estimula a querer descobrir sempre.
Uma das coisas que ele mais gosta de fazer é usar o espremedor de laranjas. Quem vê pensa que ele vai beber litros do suco. Fica normalmente tão eufórico que mal prova. E bater no liquidificador as acerolas que a gente rouba do vizinho.
É também uma delícia quando chegamos em casa e não tem energia elétrica, por exemplo. Ele tenta de todas as formas ligar esses aparelhos.
Quero sempre que ele ouse, tente, experimente. Ontem mesmo dei uma cola plástica colorida para ele brincar. Uma meleca mas ele ficou encantado. Cola no meu teclado, no meu lençol novo mas é o preço que se paga pela descoberta. Como diria o comercial do sabão em pó "Se sujar faz bem" (Pena que alguns líderes eleitos para nos representar distorçam essa máxima).
Desenhou com o kit de canetinhas do Ben 10 que ganhou esses dias e estava tão encantado que olhava para a sua obra-prima e soltava um "Uauuu" que eu, obrigatoriamente tinha que acompanhar.
Pior, que você cria um monstrinho, né? Ontem mesmo tivemos problemas porque ele, que já estava cansado e com sono, teve um princípio de piti porque eu o tirei da máquina de bolinhas. Nem voltar para ela depois foi o suficiente.
Erro e acerto bastante com ele. Só tento não criar fissuras na sua alma para que siga seu caminho em paz. Sofrer é inerente ao ser humano mas eu sempre tento amenizar isso para os meus queridos.
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