Óclão, brincão de argola, anelão de strass. Uma regatinha preta folgadinha com uma fivela metálica nas costas, jeans e salto vermelho. Limpeza de pele, unhas e cabelos feitos, sombrancelhas, maquiagem, bronzeado. Tudo pra eu me sentir poderosa e recomeçar. Primeiro dia. Retorno ao trabalho. Primeiro dia. Ver alguém que já se tornou especial para mim.
Na clínica de estética, aconteceu uma coisa que me fez repensar. Tenho uma visão distorcida de mim fisicamente. Durante a uma hora e lá vai pedrada da sessão de limpeza de pele eu e a esteticista conversávamos sobre tudo quando eu resolvi marcar nessa clínica também as sessões de drenagem. Confessei que, por vezes, esqueço de tomar água o suficiente e ela me explicou o processo. Precisamos diariamente de 1 litro de água para o corpo funcionar plenamente. O outro litro dos dois recomendados por especialistas é excesso e o corpo, como todo excesso, vai eliminá-lo. Nessa eliminação ele leva também as toxinas, fazendo uma faxina.
Contei que eu tenho problema de retenção de líquido. Talvez algo com a circulação já que eu estava 'repleta de celulite', foram as minhas palavras à ela. Ao que ela me perguntou "Onde?".
Foi nítida a desaprovação dela ao meu comentário. Ai me dei conta que eu ajo comigo como a Agnes da novela do "Vale a pena ver de novo" (kkkkkkkkkkkkkkkk férias, mô bem). Quero tudo milimetricamente mo lugar, olhos de lince em cima dos meus defeitos.
Pior, que essa crueldade no detalhe eu só destino a mim mesma. Algumas vezes, às pessoas que mais amo também. Porque quero que eles cresçam e sejam felizes.
Sofro por ser imperfeita. Mesmo aceitando a imperfeição alheia. Todo mundo tem direito a ser imperfeito menos eu, na minha torta concepção.
E essa minha concepção tem dois lados. O positivo me empurra para frente. Me diz sempre que eu tenho algo a melhorar. Me leva a uma busca "semi" incansável à perfeição (e eu disse 'busca'). O lado negativo é quando buscar sem alcançar cansa. Parece que nada do que se faz, te leva aos resultados pretensos. Aí, eu, que sempre preciso de uma parada para recobrar as forças, largo tudo de mão. Me largo de mão. Nessas horas, me parece que todo e qualquer esforço é inútil. Que o caminho a ser percorrido é longo demais. Trabalhoso demais.
Ter essa visão distorcida, me ver sempre pior do que todo mundo ao redor me torna insegura. Me faz tentar melhorar porque ainda não está bom. E isso é bom e ruim.
Alguém pode ter notado que raramente posto fotos minhas. Nelas eu geralmente encuco com os defeitos. Nunca gosto de uma, absurdamente. Normalmente tiro 100 para gostar de uma. E hoje, sei que para isso mudar não tem nada a ver com o externo. Tem a ver com trabalhar isso aqui, na minha cabeça.
Até porque tem horas em que a minha insegurança me paralisa. Como me fez notar a esteticista ontem, me faz me ver de uma forma muito pior do que é a realidade.
Preciso ser cada dia mais minha amiga para me ver com os olhos complacentes com os quais vejo o mundo ao meu redor. De que me adianta ser "socialista" com o mundo e ser tão "ditadora" comigo mesma?
Eu poderia fazer um comentario me apegando ao seu discurso de como vc está se descobrindo e se aceitando da forma qe vc eh e o qto isso eh importante mas o fato cume e ponto chave do seu post/motivo de tdo essa discussão de vc consigo mesma e o qe eu qro falar eh NUSSA, TÁ INDO PRA GUERRA, HEIN???.....kkkkkk
ResponderExcluir... pq mulé qdo se pinta é igual índio! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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