terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Você de Volta

Eu vivo buscando em alguém
Alguma coisa que eu sei
Que só existe em você
Eu quero a metade de mim que é você
O riso que irradia o mundo
E que me faz viver
Eu não aguento mais essa saudade
E essa solidão que me invade me faz ver

Tudo que eu quero é você de volta
To te esperando vem bater na minha porta
Eu amo você, eu só sei te querer
Minha vida tem sentido se tiver você

Eu vivo buscando em alguém
Alguma coisa que eu sei
Que só existe em você
Eu quero a metade de mim que é você
O riso que irradia o mundo
E que me faz viver
Eu não aguento mais essa saudade
E essa solidão que me invade me faz ver

(3x)
Tudo que eu quero é você de volta
To te esperando vem bater na minha porta
Eu amo você, eu só sei te querer
Minha vida tem sentido se tiver você

Composição: Maria Cecilia / Rodolfo

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Conjugando o verbo "confessar"

Obrigada por ler. Tenho expiado (E vocês espiado... Não podia perder o trocadilho infâme) alguns dos meus "pecados" aqui. E isso me libertou.
Já postei aqui sobre Grafologia porque eu realmente me interesso pelo assunto. Entendo que toda e qualquer ação humana é dotada de características pessoais. Escrever não seria diferente. Tanto aqui, digitando, me abro em opiniões e achismos quanto escrevendo manualmente. A pressão, a inclinação, o desenho de cada letra tem sempre a ver com o que eu sou e pretendo passar consciente e inconscientemente ao mundo.
Até o último semestre minha caligrafia vinha aumentando de forma vertiginosa. Era nítido meu desequilíbrio. Era um grito de socorro. Pesquisando sobre o assunto descobri que o tamanho da letra tem a ver com o grau de expansividade do indivíduo.
Eu precisava dizer ao mundo quem sou eu e minhas interpretações. Isso me sufocava. Estava ficando maior que eu.
Pode ser um monte de palavras jogadas aos ventos para alguns. Para mim é quase que terapia gratuita. Analiso fatos do meu dia de forma diferente pensando em como expô-los aqui. Se algo me incomoda vou fundo nessa percepção para tentar entender o por quê.
Dedutível que minha caligrafia pós blog diminuir pela metade em seu tamanho. Eu ando diminuindo pela metade o meu tamanho. Coloquei para fora não apenas pensamentos. Joguei no lixo muito do que me fazia mal apenas por ser uma dorzinha daquelas que você sempre vai cuidar depois. Para qual toma uma aspirina e espera para ver no que dá. Fiz um check up mental.
E, se não posso dizer que está tudo dentro da normalidade, posso dizer que está tudo sob controle. xD

Dinheiro nosso que estais no banco

A ficção científica sempre trata de um mundo dominado pelas máquinas. Pensando em máquinas como objetos criados pelo homem na tentativa de lhe facilitar a vida dá para compará-las com o dinheiro. E não precisamos ir ao tal futuro próximo para sermos escravizados por ele. O dinheiro tomou o lugar de todo e qualquer Deus na sociedade atual. Sem heresia. É a ele quem servimos.
Nossos dias são conduzidos somente no intuito de ganhar mais e sempre. Estudamos o que nos parece mais vantajoso dentro de um leque de opções pelo qual temos certa empatia. Inevitavelmente, fazemos um cálculo para viajar, sair para ir ao boliche, antes de escolher um curso ou uma nova decoração. Tudo para verificar se o nosso dinheiro nos permite.
Ele move a sociedade atual. Deprimem-se os que não o tem e ninguém acha que o tem suficientemente. Queremos ganhar mais para consumir mais. Nossas crianças sonham com telefones celulares pessoais. Para que?
É o consumo pelo consumo. E para isso milhares, milhões de pessoas trabalham em um turno dobrado, triplicado. Gastamos nossas vidas juntando uma série de coisas desnecessárias. Que jogue a primeira pedra quem nunca comprou por impulso, pagou caríssimo em algo de grife ou simplesmente sonhou como seria mais feliz se tivesse qualquer bem material.
Grandes empresas estimulam isso o tempo todo. Cadernos com suas folhas cada vez mais decoradas tomando espaços que, teoricamente, seriam para escrever, embalagens de comida em porções cada vez menores, móveis e eletrodomésticos semi-descartáveis e que se tornam obsoletos cada vez mais rápido.
"Os recursos são escassos e os desejos ilimitados". A frase é um mantra do curso de Economia. O que é consumível e realmente necessários? Provavelmente, menos da metade dos produtos que consumimos diariamente.
Pior, que sofremos da Síndrome de Estocolmo. Amamos aquele que nos faz refém. O idolatramos. Servimos a ele como a nenhuma divindade, em tempo algum. Nenhuma sociedade foi tão unânime em relação a uma religião. E ele nos deixa cair em tentação, não nos livra do mal ...
E como diz uma música na voz do Frejat a quem eu amo de paixão:
"Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem... "

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Cara de paisagem

Ando usando o recurso do mantra "Só ouço o que me faz crescer como pessoa" para lidar com certas situações. Algumas pessoas invadem a sua vida e se permitem o direito de falar o que lhes convém. Já fui muito do conflito. Atualmente, ignoro. Me poupa esforços. Tem gente que por mais que você diga finge não entender ou por falta de inteligência não entende mesmo.
Então agora quando ouço absurdos que me incomodam, geralmente, fico com cara de paisagem. Normalmente, cantarolando algo mentalmente. Um poema ou uma música que me leva fora daquela situação. Mas como ninguém é de ferro...
Espero chegar a um certo limite de irritabilidade. Quando mesmo o pouco que absorvo vira muito para explodir. Exponho as coisas que eu penso e as nossas diferenças de pensamentos. E andei concluindo que algumas pessoas enquanto você não delimita:"Até ai você pode, daqui para frente a coisa vai esquentar", elas simplesmente não notam o quanto incomodam.
Me bate uma culpa ter que chamar a atenção de marmanjo. É feio um adulto que não se toca de suas obrigações, seus limites e o dos outros. Mas aí eu repenso:"Se ele(a) é adulto, vivido o suficiente para saber e não consegue entender, alguém terá que explicar". Prazer, meu nome: Alguém.
Tenho ficado mais pacífica mas não besta. E todo mundo diz que o que eu chamo de "calma" é dar margem para abusos.
Só entendo que o problema não é delimitar os espaços. É a consciência de cada um de saber até onde deve ir.

Infância

Como em tudo na minha vida sou bastante contraditória na criação do meu filho também. Se por um lado eu superprotejo, se fiz dele a prioridade da minha vida, por outro lado sempre plantei a sementinha da independência.
Desde muito pequenininho ensinei-o a ligar e desligar as lâmpadas, ligar a tv, o dvd e o aparelho da parabólica, o microondas. Tudo com supervisão, of course. Mas querer ver, fazer igual, acho que estimula a querer descobrir sempre.
Uma das coisas que ele mais gosta de fazer é usar o espremedor de laranjas. Quem vê pensa que ele vai beber litros do suco. Fica normalmente tão eufórico que mal prova. E bater no liquidificador as acerolas que a gente rouba do vizinho.
É também uma delícia quando chegamos em casa e não tem energia elétrica, por exemplo. Ele tenta de todas as formas ligar esses aparelhos.
Quero sempre que ele ouse, tente, experimente. Ontem mesmo dei uma cola plástica colorida para ele brincar. Uma meleca mas ele ficou encantado. Cola no meu teclado, no meu lençol novo mas é o preço que se paga pela descoberta. Como diria o comercial do sabão em pó "Se sujar faz bem" (Pena que alguns líderes eleitos para nos representar distorçam essa máxima).
Desenhou com o kit de canetinhas do Ben 10 que ganhou esses dias e estava tão encantado que olhava para a sua obra-prima e soltava um "Uauuu" que eu, obrigatoriamente tinha que acompanhar.
Pior, que você cria um monstrinho, né? Ontem mesmo tivemos problemas porque ele, que já estava cansado e com sono, teve um princípio de piti porque eu o tirei da máquina de bolinhas. Nem voltar para ela depois foi o suficiente.
Erro e acerto bastante com ele. Só tento não criar fissuras na sua alma para que siga seu caminho em paz. Sofrer é inerente ao ser humano mas eu sempre tento amenizar isso para os meus queridos.

Homens, segundo Vinícius de Moraes

Os Homens.
Os homens bons, são feios.
Os homens bonitos, não são bons.
Os homens bonitos e bons, são gays.
Os homens bonitos, bons e heterossexuais, estão casados.
Os homens que não são bonitos, mas são bons, não têm dinheiro.
Os homens que não são bonitos, mas que são bons e com dinheiro, pensam que só estamos atrás de seu dinheiro.
Os homens bonitos, que não são bons e são heterossexuais, não acham que somos suficientemente bonitas.
Os homens que nos acham bonitas, que são heterossexuais, bons e têm dinheiro,
são covardes.
Os homens que são bonitos, bons, têm dinheiro e graças a Deus são heterossexuais, são tímidos e NUNCA DÃO O
PRIMEIRO PASSO!
Os homens que nunca dão o primeiro passo, automaticamente perdem o interesse em nós quando tomamos a iniciativa.


'Mulheres existem para serem amadas, não para serem
entendidas.'
Vinicius de Morais

Pensando ...

Bom dia! Ando numa disposição que está me assustando. Depois de ontem eu ir dormir, na dúvida se me entregava às delícias da minha cama ou continuava a estudar. Hoje mal acordei e abri os cadernos e peguei a HP. Estou em dúvida em um ponto da matéria e isso eu levo para discutir na próxima aula.
Durante o café eu conversava com a minha mãe sobre eu querer que as pessoas vivam a vida como eu acho certo. A gente falava de uma amiga nossa que pretende deixar o emprego para engravidar novamente. A princípio achei absurda a ideia de trocar a segurança de um emprego fixo com benefícios pela insegurança de ser autônomo. Repensando vi que ela não ia estar ao léu. Mas como eu disse para minha mãe "a vida dela não é igual à minha".
Esses dias no metrô me segurei para não entrar na conversa de dois rapazes que diziam que "Não fomos feitos para viver assim". Meu professor de Ciência Política diz a mesma coisa "Gastamos nossas vidas para sobreviver".
Passamos tanto tempo no trabalho, longe do que é viver. Usamos boa parte do nosso dia (às vezes, todo ele) só nos dedicando a obter a subsistência. O propósito da vida seria esse? Viver para nos manter vivo?
Costumo brincar que o trabalho é um mal necessário. Ninguém nunca vai me ver procurando novas atividades pelo prazer de puxar o saco. Vou lá, vendo as horas do meu dia e tento me esforçar o mínimo possível. E isso não compromete o meu desempenho. Lembro de um professor que dizia ser balela isso de "vestir a camisa da empresa". Por quê? Porque ela vai enriquecer e se achar que você é um profissional muito bem pago ou por qualquer outro motivo te põe na rua, sem o menor remorso.
Ainda sobre o mercado de trabalho, ontem eu conversava com os meus novos colegas de classe sobre as universidades "profissionalizantes". Universidade não deveria ter o intuito de inserir ninguém no mercado de trabalho. Universidade deveria sim, tornar o graduando um ser humano pensante, melhor. Quem pensa tem o que quiser do mundo, inclusive emprego.
Só que a cada dia que passa vejo as Unibarracos, como dizia meu professor de Gramática do Cursinho, formando mais "para o mercado de trabalho" como eles mesmo dão ênfase em seus comerciais de tv.
E já que falei na tv e do professor de Política, lembro da cara de espanto de alguns quando ele disse que graduandos (e pessoas, no geral) deveriam adquirir o hábito de ler de 30 à 40 páginas ao dia. Ninguém se espanta se você diz que assistiu duas horas de tv, nem se for o dia inteiro.
Não acho que a tv seja o demo quadrado no meio da sua sala. Só que como a internet é preciso selecionar muito bem em que perdemos o nosso precioso tempo.
O mundo é vasto e a maioria de nós não tem uma gota do oceano de informações que ai estão. Mais uma vez querendo que as pessoas vivessem como eu acho correto, apesar do preço do livro no Brasil ser exorbitante, as pessoas deveriam sim, ler mais. Mesmo que na internet.
Essa semana tive uma crise de "Eu sou burra". A gente sempre sabe tão nada. Mas eu tenho a sede de querer aprender sempre. Sobre tudo. E eu devo estar errada já que vou contra a maioria. Será?
Uma das pessoas a quem mais admiro hoje é considerado lunático, sonhador. Nisso eu acho que ele está ao lado de "Deus". Gosto de uma frase biblíca retirada ao léu que diz:"Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus" e onde eu leio sabedoria penso em organização social, econômica.
Sermos escravos do capital é, no mínimo, burrice da maioria desprovida dele. Concordo quando um outro professor meu diz que em O Manifesto Comunista, Marx chamava o proletariado ao combate e nenhum general que queira ganhar, diria ao seu exército:"Então gente essa guerra tá perdida mas vamos morrer pela nossa causa".
Mas na pior das hipóteses ele, ao menos, conscientizou a maioria trabalhadora assalariada que as coisas estão erradas e passíveis de mudanças.
Quem dera se isso, ao menos, fosse discutido hoje. Numa época em que as tramas entediantes de Manoel Carlos são o descanso da maioria da população semianalfabeta (E semianalfabetos que portam diplomas de ensino médio, no mínimo. Trabalhei em uma escola onde as redações dos alunos do 3º ano eram simplesmente incompreensíveis).
Talvez eu também não me faça compreender com esse desespero que as pessoas vivam mais e enriqueçam o outro menos. Talvez eu ainda me torne uma pregadora no deserto (E nessa hora eu entendo os religiosos que saem de Bíblia na mão desesperados para serem ouvidos. Você acha o que você encontrou tão bom para si que precisa compartilhar).
Mas deixa eu voltar para os meus cadernos ...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A la la ô ô ô ô ô


Sei que segunda-feira verei sorrisos irônicos em duas carinhas mas essa eu tenho que contar. É sábado de Carnaval e hoje às 6h parecia que haviam jogado areia nos meus olhos. Minha mãe na porta do quarto:"Você não vai para a faculdade, menina?". Sabe aquele momento que o edredon tem mais valor que o George Clooney na cama? Mas aí me lembrei que a aula de hoje era da mulher que pleno sábado de sol, molecada de 18, 20 anos no auge da puberdade (Idade em que as pessoas adquirem aptidão para procriar) implorando para sair mais cedo e ela, na única vez que nos liberou míseros 30 minutos mais cedo nos fez prometer que durante todo aquele semestre ninguém mais pediria em hipótese nenhuma novamente. Pois é. Sábado de Carnaval? Ela não veio!
Eu e duas novas amigas gastamos mais de uma hora para chegar até a Universidade, esperamos por mais de 30 minutos até ouvir a fatídica notícia.
O que é que tem se eu tinha saído de casa sem café? Tinha feito a maquiagem no vagão em movimento? Não tinha sequer pensado em sair na sexta devido à responsabilidade que me aguardava (Adorei a mulher da secretaria dizendo: "Alguns deles chegam bêbados aqui. Quando lembram que tem aula voam para cá" ... Responsabilidade à toda prova).
Mas hoje eu estava vendo "o copo meio cheio" apesar de o bom humor matinal de certos alunos estar me irritando. Pensei:"Nem tudo está perdido. Vou ler dois capítulos dos livros na biblioteca e vou almoçar em casa". Que biblioteca? Fechada!
Para não ver aquele copo vazio e emborcado resolvi passar no Horti Frutti e levar as ervas (e nada de maconha, só pra deixar claro para duas engraçadinhas) que eu queria replantar em casa. Trouxe mudas de manjericão roxo (e esse eu ainda tinha plantado), hortelã, óregano, tomilho e clorofila para usar em sucos.
Passei a tarde estudando. E é incrível como alguns professores complicam ao invés de explicar. Tem muitas matérias que eu só entendo quando estudo sozinha ou no máximo, com as amigas.
Tinha levado também o squeeze de alumínio que ganhei do representante do banco para trocar. De que me serve um squeeze que a tampa não fecha? Maré de 'sorte' é isso ai. E apesar de todos os outros sábados eles trabalharem adivinha ... Eles também não foram.
Na ida e na volta, vi muita gente com bagagem. Geral saindo de São Paulo. Nenhuma inveja, mal acabei de desfazer as minhas malas. Acho que meus 45 dias de férias carregaram tão bem as minhas baterias que agora eu quero mais é correr atrás da minha vida.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Calculando as coisas da vida


São 13h. Começo a trabalhar agora. Cheguei mais cedo aqui porque não estou capacitada a ter a última aula do dia de hoje. Aliás, a aula que pude assistir foi maravilhosa como sempre.
Como cheguei mais cedo, acabei ficando de papo com quem ainda trabalhava. Quando minha amiga de trabalho me deu 3 exercícios de lógica para fazer. Ela tinha pedido para eu errar e não ficar do lado dos 17% da humanidade capaz de resolvê-los. Mas eu os fiz. Corretamente. E juntando com o nosso outro assunto comecei a refletir. Tenho uma tendência à ordem. Acho que regras existem para que se cumpram (os outros, of course). E eu estou sempre disposta a policiar.
Lembrei hoje de um episódio quando eu trabalhava no atendimento preferencial dos Correios. Certa vez uma senhora ignorou a fila, querendo postar algo. Ao que eu respondi que ela como os demais deveria pegar a fila para o atendimento. Ela alegou que era a mais velha ali e por isso teria prioridade em detrimento dos demais. Insisti que ela pegasse a fila, ao que ela me respondeu alterando o tom de voz o que fez com que a minha supervisora, na época, interviesse. Me recusei a atendê-la mesmo quando a supervisora pegou o envelope das mãos dela e disse que resolveria o problema. Desci e fui ao banheiro só para não ter que fazer. Por quê?
Porque achei um absurdo que, de certa forma, aquela senhora mudasse as regras do jogo. Regras são regras. E ela deveria pegar a fila independente se tivesse 1000 anos. As coisas para mim costumam ser muito claras por isso. Eu sei como fazer porque já foi pré-estabelecido.
Como quando mudo de emprego e tenho me ambientar conhecendo os procedimentos do local. Eu preciso saber o que fazer para aí então seguir um modelo previamente definido.
E por isso os exercícios (Que podem ser considerados como as famosas ‘pegadinhas’. E eu odeio gente que não estuda e depois põe a culpa neles) não me enganaram. O exercício induz ao erro. Mas a regra é clara, como diria o comentarista. Eu peguei os dados que ele me dava, criei equações e as resolvi. Coisa que eu sempre fiz. Não queria saber que, como o exercício propunha, se 1 bola e 1 taco custam 1, 10 reais e a bola custa 1 real a menos que o taco qual seria o valor do taco. Eu vi que:

x+1+x=1,10
2x+1=1,1
2x=2,1
x=2,1/2
x=1,05

e não a 1 real que parece a resposta mais intuitiva.
Mais uma vez, eu não vi o problema, eu procurei a resposta. E ai reside uma enorme diferença. Independia se fossem laranjas, bananas. O valor ou a quantidade de elementos envolvidos.
No papel, o problema nem é tão grave assim. Mas com pessoas é mais complicado. Não costumo usar de muita diplomacia com os deveres alheios. Me passou agora que entre outras funções eu também seria uma péssima funcionária para triagem de hospital, por exemplo. Meu curso de Economia reparou muito essa idéia já que foca muito a humanidade da sociedade. Ser mãe também porque por mais que você queira impor regras, horários aquele serzinho sempre dá um jeito de burlar tendo uma crise de pneunomia quando por exemplo eu teria um mês puxado de trabalho.
Eu vejo isso como uma das falhas da minha personalidade e como as demais eu procuro entender o porque de tal comportamento e o que posso fazer para melhorá-lo. E até isso de se está errado denota reparo faz parte da minha forma matemática de pensar.
Por anos, tive uma relação turbulenta com a minha mãe por não ter essa flexibilidade de pensamento. Achava que ela errava e apontava isso sempre. Para ‘ajudar’ bastante, ela é o tipo de pessoa que não tolera críticas. O circo estava armado então.
Ainda entendo que ela tem que trabalhar isso também. É humildade você reconhecer que errou e se desculpar. Da mesma forma que é uma atitude humilde você não só apontar onde as pessoas burlam a forma como devem ser e agir. Mostrar alternativas, sem impô-las é um caminho.
Pela mesma razão tenho tanta dificuldade com os relacionamentos. Não há lógica neles. Como no caso de um casal que eu mal conheço. O senhor de meia idade (se 50 é meia idade quer dizer que a população, em média, vive até os 100?) abandonou mulher e família para viver com uma jovem, que o abandonou quando ele ficou doente. Para onde você acha que ele voltou?
Não me faz sentido nenhum uma mulher que foi trocada e humilhada aceitar de volta um homem que provou não ter sentimentos por ela.
Hoje também uma amiga vinha me contando sobre um casal em que o homem não trabalha mas mesmo assim vive gastando um dinheiro que não tem, sustentado por uma mulher em quem ele ainda bate e põe para fora de casa. Revolta à parte, ainda me pergunto o que faz esse ser voltar para o lado desse homem?
Se relacionamentos fossem guiados pela lógica matemática seria simples:

2=2 E
2=3 (Não existe)

Amo a Matemática! E nisso eu devo estar numa porcentagem bem menos que aqueles 17%. O máximo de dúvida que respostas de uma equação pode te dar é qual os valores substituir mas as regras são poucas e simples. O que a maioria considera punk é só uma sofisticação das operações de adição, subtração, divisão e multiplicação, salvo exceções.
Mas tudo isso é só para concluir que eu sempre me vi Matemática, achei que me formaria nessa disciplina, tinha orgulho das minhas professoras dessa matéria. Só que conciliar a sede de cálculo com uma compreensão da sociedade e dos indivíduos que a formam que deu uma visão mais maleável da vida.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A marmita nossa de cada dia

Dia cheio de atividades. Antes mesmo de ir à aula, fui ao dentista. Peguei só a última da professora que gosta de "estar usando" um pouquinho o gerúndio. Fui à biblioteca duas vezes e peguei também uma cópia da matrícula para pedir o bilhete escolar. Conversando com uma amiga vimos que tomamos a mesma posição. Não dá para comer fora todo santo dia. De todas as posturas que costumo tomar, essa está sendo a menos flexível. Fiquei perplexa ao verificar como sai caro comer fora todo dia em Dezembro.O choque veio quando constatei que o tinha gasto pagavam 2 meses da escolinha do meu filho. Virei marmiteira.
Não aquela marmita tradicional com almoço mas comecei a levar na bolsa: frutas, barras de cereal e chocolate (porque ninguém é de ferro) e um squeeze para eu reabastecer pelos bebedouros da Universidade.
Desde a última quinta gastei exatos 4 reais: 2 águas e 1 empada. E não é só pelo dinheiro. Ano passado quantas vezes eu paguei o preço de uma refeição num sanduíche 'natural' (maionese sai direto de algum animal?)? Muito gasto para comer mal.
Tenho gostado muito da medida e eu que, para controlar gastos tenho certos problemas, estou me saindo muito bem, obrigada. E o dinheiro que economizei acabei comprando mais uma tão necessária in my life bolsa. Lindaaaaaaaa rs*.
E me convenci pensando: "Se a Juliana Paes pode ...".
Não sei se estou ficando mais pão dura (Essa visão só quem tem é o meu irmão quando me pede dinheiro emprestado para pôr gasolina, por exemplo. Geral, me acha perdulária) ou o que é. Voltei da praia e pasmei com os preços do supermercado na capital, lá estava tudo mais barato. Em compensação, me surpreendi com as promoções de bolsas e sapatos.
Das delícias nas quais ainda valem a pena gastar o meu real estão o pão de banana com chocolate, a salada de frutas com aquela manga sempre docinha e o sanduíche merecidamente natural com uma fatia enorme de queijo branco ...
Quem dera eu tenha a mesma atitude com as canetas. Hoje mesmo achei que não tinha levado o estojo certo e por um momento pensei em comprar mais uma.
Engraçado que ontem eu estava falando com a minha vizinha de uma amiga nossa que economiza em tudo. A tintura de cabelo dela dura meses. Ela só passa nos fios brancos de cima. E sei que ela não é a única.
Nunca quis ter essa postura. Se vou a um passeio gosto sempre de trazer uma lembrança. No rack do meu quarto mesmo tem lembrancinhas da feirinha da Liberdade, do zoo, de Mongaguá.
Teve uma época que eu simplesmente precisava comprar. Acho que para compensar alguma coisa. Vejo uma amiga que exibe com orgulho sua coleção de sapato e entendo o porquê. Eu já cheguei a sair vagando por lojas e vitrines pensando no que eu ia comprar aquele dia. Se houvesse uma escala para o grau do meu consumismo hoje dia 10/02/2010 seria 4 (Comentários sobre isso não são benvindos kkkkkkkkkkkkkk). Mas, pôxa, passei uma semana na praia e pela primeira vez não comprei uma canga, um chinelinho, nada. Só brinquedos. Cada dia um. No total foram: uma espada, pipas, uma prancha, uma bola, mais um baldinho (que eu me lembre). Até resisti a uma camiseta branca linda, saída de praia que nem estava tão cara assim. Para vocês verem como o ser humano evolui.
À partir desse ano, economizar é o meu lema. E sei que muita gente (né Thata? kkkkkkkkkkkk) não vai acreditar. Pois aguardem e confiem xD.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O galinha

Toda mulher já deu ou dará ... mole para um galinha. Por quê? porque eles são irressistíveis. Doces, gentis. Nem precisam disfarçar as suas intenções. A gente sabe o que esperar deles mas quer correr o risco.
Geralmente são lindos ou tem um charme que "ai Jisus!" xD
Tenho ficado próxima de um amigo assim (Sim, Thaíse amigo e não affair kkkkkkkkkkkkk). Ele é tão ...envolvente. E descarado na mesma proporção. Faz charme para todas e ainda tem a cara de pau de me perguntar porque eu me mantenho na defensiva.
Por carência já investi sentimentos em um ser assim. Fofo. Corpão. Facinhoooooo rs*. Sempre à disposição para uma pizza, uma saída ou simplesmente uma garrafa de vinho. Dele ouvi que sou "V.I.P.", "a qualquer hora, em qualquer dia... só ligar". Meu medo é que se eu realmente quissesse e ele estivesse disposto a se dar assim para qualquer outra.
Mas cilada é você tentar "prendê-los". Os que conheço tiveram mulher, filhos e nada os deteve. Eles são patrimônio nacional rs*.
Hoje só me afasto.
A gente quer ser "A". Aquela onde com a qual garanhão sossegou. Balela!
Pior que algumas ao se darem conta de estarem completamente apaixonadas tentam mil peripécias para "segurá-los".

Dica da Tia Mel*: Esqueça o sexo. Esses meninos já provaram tudo ou quase tudo. Quase nada é novidade. As mulheres caem aos seus pés. Se fosse tão fácil assim, o garotão já estaria amarrado (Excesso de oferta, o preço cai. Microeconomia rules! xD)

Dica da Tia Mel* II, o retorno: Bancar a inalcansável nem sempre funciona. Complicar as coisas para o rapaz pode até fazê-lo encarar como um desafio, no começo. Mas depois da conquista, nada garante que ele não vá "voltar pra sacanagem, pra casa de massagem"?

Nada é impossível. Mas nesse caso mudar só depende deles querer manter uma relação a dois e não a 3, 4,5, 1000. Não sei se vale o esforço. Para mim é complicado esperar o outro mudar.
Eu, na verdade, os trato de igual para igual. Não quer levar a sério? Ou a gente só se diverte ou é "Fui!".

Bixos

Hoje foi minha folga. Acordei cedo para resolver umas coisas. Na verdade, achei que teria aula. Foi dia de recepção da calourada.
A Cidade Universitária está em festa. Dia de matrícula. Bixarada toda rasgada, muito banho de tinta e rabiscos de canetão hidrocor. Passei até por um churras na Física.
A emoção que está no ar me contaminou. Sei o que eles estão sentindo. Chorei ao assinar a minha matrícula.
Mães sorridentes, familiares orgulhosos acompanham seus universitários. Coincidência ou não, ontem assistia no Fantástico o caso do garoto que passou em primeiro lugar no vestibular da Universidade Federal do PE. Morreu tragicamente antes de concluir o curso, vítima da violência gratuita e descontrolada. A emoção do reitor no seu enterro me emocionou. Que ele seja a exceção. que dele a gente só lembre da luta para superar a pobreza, da perspectiva que para muitos pode ter parecido ilusória (sempre vai ser só levantar a bunda da cadeira e correr atrás do que se quer), da coragem de prosseguir sempre.
Me deu vontade de sair parabenizando toda a bixarada. Que bixos e bixetes (e por toda a Cidade Universitária há outdorors que dizem que são 10.622) estejam hoje iniciando uma trajetória bonita rumo aos seus grandes objetivos. Que esse seja o primeiro e um dos mais doces passos. Que usem a garra que tiveram para chegar onde chegaram na construçaõ de um mundo melhor independente do curso e profissão pelos quais optaram.

No bandejão da Química, onde almocei hoje, vi alguns ainda melados de tinta. Duvido que qualquer outro almoço teve o mesmo sabor para eles. Bife com berinjela melhor que qualquer restaurante francês.

Sejam bem vindos!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ranzinza além da conta

Minha mãe vem sofrendo de rabugice aguda. Sério, a coisa está ficando crônica. Acabei de chegar de viagem e a liberdade que senti fora de casa foi impressionante.
Morar com ela tem uma série de vantagens mas de certa forma me engessa para muitas outras coisas.
Só depois de sair dessa rotina tensa é que dá para perceber melhor. Ela fica o tempo todo policiando o que a gente faz por causa da organização da casa. Palpita em tudo e tem uns comentários que só criam tensão e que, de fato, são desnecessários.
Antes pensava em manter a sanidade do meu filho vivendo longe dali (Talvez por já ter perdido a minha a mais tempo). Mas fatores como tempo, cuidados com ele e uma razoável comodidade foram me fazendo ficar.
Mas hoje tenho a certeza de que se nada mudar não consigo mais suportar tanto mau humor, justificado ou não.
Até porque sempre detestei quem encara a vida empurrando com a barriga. Temos uma a série de funções simplesmente porque no propomos a executá-las. Milhares de pessoas vivem no ócio total diariamente.
Se o seu fardo está pesado, jogue a metade do que carrega fora e foda-se o resto. O que eu não admito é caminhar ao lado de quem está o tempo todo reclamando do peso, do sol e da caminhada. Quem não aguenta andar, para. Porque eu estou bem com meu boné com viseira e meu tênis confortável.
Já faz muito tempo que eu até ajudo a carregar certa parte desse peso. Mas até para ser ajudado tem gente que precisa manter a pose do "Eu não preciso de ninguém". Não é falta de amor mas não dá pra passar a vida inteira tentando ajudar quem diz o tempo todo que não quer.
Sempre digo que se eu vou cuidar da vida de outra pessoa seremos duas cuidando da vida dela e ninguém da minha.
Cada um encara a vida de uma forma e não dá pra convencer ninguém que a sua maneira é a correta.
A vida pode ser um fardo: dura, feia, pesada ou um simples pacote a se carregar pelo seu caminho: bem apoiado nas suas costas que pode caminhar cantarolando e sorrindo. Isso é escolha. E eu sempre vou escolher viver bem. Acima de tudo e de todos. Ninguém merece o sofrimento de ninguém. Todo mundo tem problemas "comunitários" e pessoais. Como você vai encará-los é que faz toda a diferença.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Distorcendo as coisas

Óclão, brincão de argola, anelão de strass. Uma regatinha preta folgadinha com uma fivela metálica nas costas, jeans e salto vermelho. Limpeza de pele, unhas e cabelos feitos, sombrancelhas, maquiagem, bronzeado. Tudo pra eu me sentir poderosa e recomeçar. Primeiro dia. Retorno ao trabalho. Primeiro dia. Ver alguém que já se tornou especial para mim.
Na clínica de estética, aconteceu uma coisa que me fez repensar. Tenho uma visão distorcida de mim fisicamente. Durante a uma hora e lá vai pedrada da sessão de limpeza de pele eu e a esteticista conversávamos sobre tudo quando eu resolvi marcar nessa clínica também as sessões de drenagem. Confessei que, por vezes, esqueço de tomar água o suficiente e ela me explicou o processo. Precisamos diariamente de 1 litro de água para o corpo funcionar plenamente. O outro litro dos dois recomendados por especialistas é excesso e o corpo, como todo excesso, vai eliminá-lo. Nessa eliminação ele leva também as toxinas, fazendo uma faxina.
Contei que eu tenho problema de retenção de líquido. Talvez algo com a circulação já que eu estava 'repleta de celulite', foram as minhas palavras à ela. Ao que ela me perguntou "Onde?".
Foi nítida a desaprovação dela ao meu comentário. Ai me dei conta que eu ajo comigo como a Agnes da novela do "Vale a pena ver de novo" (kkkkkkkkkkkkkkkk férias, mô bem). Quero tudo milimetricamente mo lugar, olhos de lince em cima dos meus defeitos.
Pior, que essa crueldade no detalhe eu só destino a mim mesma. Algumas vezes, às pessoas que mais amo também. Porque quero que eles cresçam e sejam felizes.
Sofro por ser imperfeita. Mesmo aceitando a imperfeição alheia. Todo mundo tem direito a ser imperfeito menos eu, na minha torta concepção.
E essa minha concepção tem dois lados. O positivo me empurra para frente. Me diz sempre que eu tenho algo a melhorar. Me leva a uma busca "semi" incansável à perfeição (e eu disse 'busca'). O lado negativo é quando buscar sem alcançar cansa. Parece que nada do que se faz, te leva aos resultados pretensos. Aí, eu, que sempre preciso de uma parada para recobrar as forças, largo tudo de mão. Me largo de mão. Nessas horas, me parece que todo e qualquer esforço é inútil. Que o caminho a ser percorrido é longo demais. Trabalhoso demais.
Ter essa visão distorcida, me ver sempre pior do que todo mundo ao redor me torna insegura. Me faz tentar melhorar porque ainda não está bom. E isso é bom e ruim.
Alguém pode ter notado que raramente posto fotos minhas. Nelas eu geralmente encuco com os defeitos. Nunca gosto de uma, absurdamente. Normalmente tiro 100 para gostar de uma. E hoje, sei que para isso mudar não tem nada a ver com o externo. Tem a ver com trabalhar isso aqui, na minha cabeça.
Até porque tem horas em que a minha insegurança me paralisa. Como me fez notar a esteticista ontem, me faz me ver de uma forma muito pior do que é a realidade.
Preciso ser cada dia mais minha amiga para me ver com os olhos complacentes com os quais vejo o mundo ao meu redor. De que me adianta ser "socialista" com o mundo e ser tão "ditadora" comigo mesma?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

De volta para casa...

Tô com sono! Tirei essa última semana de férias para, literalmente, descansar. Abri o mail funcional e vi que tinha que entregar um relatório até dia 02. Foi quando me dei conta de que já está chegando a hora. Quanto ao relatório meu colega de função fez para "nós".
Depois de toda a agitação: passeios, viagens, reformas, compras, festas, ... há dois dias ando de pijama pela casa descascando o meu nariz que cisma em coçar. Quero recuperar o fôlego para o próximo semestre. Já sinto o cheiro da correrria.
A volta a São Paulo me decepcionou um pouco. Entendi , afinal, porque algumas pessoas planejam, ao se aposentar, se mudar para uma cidade tranquila.
Na praia, minha rotina era acordar, tomar café e ir pro mar até a hora que eu quissesse, almoçar e algumas vezes voltar à praia ou ao Centro da cidade.
Ao Centro eu fui de "Trenzinho roxo" (e não dá pra evitar comparar ao metrô na Sé que tomei ao retornar). Não tinha fila no quiosque de sorvete do Mc no shopping.
Dá pra se acostumar a viver assim.
Voltei menos cosmopolita de lá. E só foram sete dias. Sete dias sem metrô, ônibus lotado, trem, trânsito, buzina sem motivos, stress, despertador, celular, sequer relógio (no máximo para cronometrar em quantos minutos almoçaríamos). O dia de supermercado mais lotado é igual ao de ir comprar pão rotineiramente aqui.
São Paulo hoje tem mais gente do que pode suportar. A superlotação do transporte público, o excesso de carros nas ruas, entre outras coisas gritam denunciando isso.
E paulista tem mania de "união". A gente adora fazer tudo juntinho. 6:00 da manhã nos reunimos no metrô, feriado prolongado superlotamos as estradas rumo ao litoral e as rodoviárias para todo e qualquer destino.
Final de ano lotamos os centros de compras populares e os shoppings da mesma maneira. Assim como todo "evento" anual: Dia das Mães, dos Pais, das Crianças, ...
Foi a primeira vez que eu não repeti a frase:"Viajar é bom mas voltar pra casa é melhor". Não tenho mais essa certeza.
Pior, que vai virando uma selvageria. As pessoas se empurram e se esmagam tentando voltar para casa todos os dias. No metrô, no dia da minha viagem de volta, tinha uma senhora de 74 anos (e ela mostrou o RG para quem quissesse ver) que veio reclamando porque uma outra senhora não se levantou para ela sentar ao que essa outra respondeu: "É porque eu sou bonita e gostosa". Ao que a véia (véia mesmo kkkkkkkkkkkkkk) se revoltou. Um rapaz ao lado, fora do banco preferencial, ainda mostrou uma carteirinha atestando que era deficiente mas foi um barraco só.
Tenho quase certeza que a senhora sentada tinha mais de 60 anos. Só quem ao contrário da véia, estava maquiada, penteada e não aparentava, à primeira vista, ser idosa. A véia deu uns 45 anos pra ela.
Assisti a isso com a mala de rodinha, frasqueira, mochila nas costas ardidas e segurando a mão do meu filho. Ou seja, antes os bancos preferenciais resolviam alguma coisa. Estamos num momento que eles também não são suficientes.
Talvez acha um êxodo urbano quando faltar água, energia elétrica e comida para abastecer toda a população. Ops, já não estamos em meio a isso também?
Tem a ideia do pedágio urbano, para descongestionar o Centro na qual eu acredito. Basta tocar no bolso para se educar a população. Se esse dinheiro vai ser revertido para solucionar os problemas do próprio trânsito já é outra história. Mas também não discordo com os argumentos de quem disse que acaba virando só mais uma tarifação no nosso bolso tão espancando tributariamente.
Nos falta educação básica para não sujar as ruas, consumir com mais consciência, produzir menos lixo. Usamos a cidade e o mundo como se pudessémos dar uma descarga e o encanamento desaguasse em Marte.
São sacolas plásticas, garrafas pet, embalagens não reclicláveis e não recicladas. Não há nenhum estímulo para isso. Papel reciclado sai muito mais caro que papel de reflorestamento, por exemplo.
Na Universidade emm que trabalho nossos hollerites são impressos em material reciclado (isso a poucos meses) e ao menos no meu setor fazendo questão de aproveitar impressos não utilizados para rascunho e canecas plásticas no lugar de copinho descartável. E isso é tão pouco.
Comecei em São Paulo e olha eu já querendo salvar o planeta rs*. Mas o pensamento da maioria de que "Nós 'partiremos' antes do planeta entrar em colapso me assusta".
A Natureza tem pedido de volta os espaços que tomamos sem permissão e muito menos, planejamento.
Até entendo que algumas medidas sejam caras demais para os nossos políticos as providenciarem. Imagine, gastar todo o dinheiro público em favor do benefício público... Eu já estou querendo demais mesmo.
O que eu sei é que a paixão que eu sentia pela minha cidade, hoje, é só um afeto saudossista.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Gozei!

É incrível como é boa essa sensação. Estava entrando em crise de abstinência sem escrever.
Me sentia cheia, precisando ser esvaziada (E essa imagem me faz lembrar o tesão masculino).
Como se eu carregasse um grande fardo e não pudesse perder nada pelo caminho. Descarreguei.
Posso dormir melhor agora (E realmente me bateu um sono pós-descarrego)

Praia



Quinta-feira, 23:00. Estou no litoral paulista. Fiquei anos sem vir aqui. Exatos 4 anos. Voltei a mesma casa em que eu estive da última vez. Por que?
Comodismo. A dona da casa é minha vizinha e faz meu cabelo(E eu ainda não tenho uma cabelereira de minha devoção. Existe uma maldição. As minhas duas últimas cabelereiras, que cuidaram dos meus cabelos por somados 8 anos mais ou menos, morreram de câncer. Agora, às vezes, faço com essa vizinha, às vezes, ao lado do trabalho).
A noite do bairro está mais parada que há 4 anos. A chuva também não tem colaborado. Estamos aqui desde terça. Imaginei que meu filho adoraria conhecer o mar. Só hoje que ele aprendeu a sair da praia sem chorar.
Aliás o Gabriel é um caso à parte. Ontem gargalhou por um quarteirão e quis sair em disparada para o mar quando ganhou uma pranchinha de bodyboard. É tão fácil fazê-lo feliz.
Passei todos esses anos longe das praias por vários motivos. Mas o maior deles é que depois de ganhar o meu filho, não voltei a caber na minha querida (e finada) mini-saia jeans de aproximadamente 2 palmos de comprimento com zíper que se tornava fenda opcional, tam 42.
A guardei até pouco tempo. Decidi que se eu voltasse a entrar nela o modelo não seria novidade. Doei.
Depois de tanto tempo e com um corpo diferente decidi comprar um maiô para "criar coragem".

Na terça, ao chegar, a primeira coisa que notei foram os corpos. Os de 18, perfeitos. Alguns iguais ao meu. Outros mais cheinhos, mais gordos. E nessa hora lembrei-me da relativdade da felicidade. Exemplo? Pesar 80 kg para uma mulher que já pesou 100 é uma conquista. Ela se sente confiante, capaz de tudo. Pode até estar se reconciliando com a própria sensualidade.
Pesar os mesmos 80 kg para quem sempre pesou 60 kg é catastrófico, deprimente. É como se esses 20 kg não a pertencesse e a separasse da felicidade.
E eu não estou feliz. Mas não tenho conseguido me disciplinar parar mudar isso.
Cheguei numa idade que eu me importo sim com a saúde e não só com a estética. Ser mãe também me faz querer manter o pique e o charme (por que não?) para acompanhar esse rapazinho.
Esses dias tenho repensado certos hábitos. A casa onde estamos fica a uns 6 quarteirões da praia. se eu estivesse em casa e alguém me chamasse para percorrer essa distância eu diria: "Calma ae, deixa eu pegar a chave do carro". É automático. Carro no funileiro agora nas férias e eu fiquei todos os dias sem sair de casa. Mas aqui não.
Hoje mesmo caminhamos a noite pela orla para ir à feira de artesanato e pagar a maçã coberta de chocolate que eu havia prometido para o meu filho, é verdade. Mas sem a minha genda apertada e com uma alimentação balanceada tenho sentido muito mais disposição.

Tenho mantido meus vícios, of course. Vou por 1 hora, em média, à lan porque eu não trouxe o note. Apesar disso, não postei nada aqui até chegar em casa.
Hoje comprei papel e caneta (e eu ainda faço uma promessa de não comprar mais canetas já que tenho umas 100 em casa) só para organizar as ideias.
Ontem à noite ainda esbocei algo no celular mas demora mais e às vezes, me faz perder a linha de raciocínio.
Aqui também recordei-me das palavras de uma amiga ao falar da lei do retorno. No meu relacionamento anterior eu era cobrada exatamente o que eu cobro, peço (ou talvez só tenha vontade de pedir) hoje (Apesar dele dizer que me ama mesmo quando eu piro. Eu não acho que eu pire. Só me perco em meio aos meus pensamentos e achismos). Mas hoje entendo perfeitamente do que aquele ex falava.

O calor e os mosquitos me atrapalham dormir. Mesmo completamente coberta por repelente (Alguns mosquitos-ninjas acham exatamente aquele único milímetro no qual você não passou o produto).
Engraçado que se eu acordo repasso repelente no bebê também, independente do tempo em que fiz isso.

Tenho me virado bem com as panelas. Assumi o posto porque meu filho precisa ter horário e tals.
Como férias é exceção tenho brincado de "casinha". Estou adorando!

Escrevi demais e só penso o quanto vai demorar para digitar tudo isso.

Na tv, tem um filme com o Steven Seagal (Em casa, temos nossos heróis mais odiados. O tipo que o ator não tem nenhuma pinta mas é o "fortão comedor". Steven Seagal é o herói mais odiado do meu primo. Eu odeio o Chuck Norris. E meu irmão, um gordinho, barbudo que faz papel de caminhoneiro valentão).
Todo mundo está dormindo e eu, sem sono. Minha mãe perguntou se eu traria o note (Acho que com medo de eu não aproveitar o suficiente). Mas tenho sentido falta.

P.S.: Amor, a pirada aqui te ama.