São 1:50 da manhã dessa quinta-feira e eu, simplesmente, perdi o sono. Na verdade, dormi durante a tarde. E todos estão dormindo. Meu filho trocou a nossa cama pela da minha mãe.
Após acordar, jantar, assistir “Efeito Borboleta” e Doc. House, zapeei um pouco e decidi abrir o note. Não sei porque não quero me conectar. Quero apenas despejar um pouco dos meus sentimentos.
Abri as janelas, o ventilador já estava ligado. Desci pra beber água e por um instante pensei se quem tem muito dinheiro põe um purificador de água no próprio quarto.
Não estou afim de assistir nada do que está passando na tv. Nem sei se vou tomar todo o iogurte.
Enquanto assistia ao filme, onde um garoto tenta “consertar” o futuro voltando e modificando o passado, cogitei quais seriam as minhas mudanças. Talvez eu não o add no MSN, talvez eu nem trocaria as primeiras palavras, não fizesse aquela ligação no que seria mais uma tarde nem o deixaria acreditar na mentira. Mas acho que como Evan estaria errada no real motivo desse presente.
Tudo é anterior, num passado mais remoto. Mentir nesse ponto já foi uma consequência. E isso nós superamos. Mesmo que ele tenha precisado voltar nisso quando tudo acabou. Precisamos sempre nos justificar. Para nós mesmos ou para os outros.
Deveria consertar os eventos que me traumatizaram, me fizeram me fechar com uma ostra. Rever a concepção de que eu preciso extrair de fora para dentro, absorver ideias, comida, sugar o mundo para ser melhor.
Estou sempre atrás de absorção. Minhas maiores preocupações são melhorar a forma e a qualidade do que como, estudar, me entender. Resumidamente absorção do mundo em que eu vivo.
Daí também deve vir o meu consumismo exagerado (As faxinas de Natal reafirmaram que eu compro em demasia e depois nem sei o que fazer com tanta coisa. Pouquíssimas coisas das que se compra eu tenho uma só).
Aliás, só sei levar a vida com exagero. Esse último ano tenho controlado mais isso.
Uma das últimas grandes festas que dei poderia durar uma semana. Comida e bebida havia para isso. E talvez meus convidados também tivessem disposição rs*.
O bom é que exagero também no amor, no carinho, na amizade. Também na dor, no ciúme (devo querer absorver o outro também), na preocupação com tudo e com todos.
É isso. Vou terminar o iogurte e assistir “Arquivo morto”.
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